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EUA prevê enviar dólares à Venezuela para socorro pós-Maduro

03/04/2019 20h01

Washington, 3 Abr 2019 (AFP) - Os Estados Unidos planejam enviar dólares em "espécie" à Venezuela como parte do "plano de socorro e reestruturação" da economia venezuelana após a eventual saída do presidente Nicolás Maduro, revelou nesta quarta-feira o conselheiro econômico da Casa Branca Larry Kudlow.

"Os dólares são a resposta", disse o principal assessor econômico do presidente Donald Trump durante um evento organizado pelo jornal The Christian Science Monitor.

Kudlow manifestou seu entusiasmo com o plano da administração Trump para revitalizar a economia da Venezuela, mergulhada em uma severa crise que Washington atribui à administração de Maduro.

"Estamos muito envolvidos com isto, que chamamos de 'Dia 2'".

Kudlow - diretor do Conselho Econômico Nacional - deplorou a "crise humanitária", "política" e "de interferência estrangeira de Cuba, Rússia e China" na Venezuela e destacou Maduro, considerado um ditador por Washington, "precisa ser substituído".

"Queremos ele fora", e quando isto acontecer a ajuda para a reestruturação econômica da Venezuela "começará de imediato".

"Estamos trabalhando com os bancos da região, temos um planejamento monetário, temos um plano com o FMI e vamos agir o mais rápido possível", disse Kudlow sobre a estratégia que desenvolve junto ao assessor de segurança nacional de Trump John Bolton e o departamento do Tesouro.

Kudlow explicou que a iniciativa busca colocar dinheiro em "espécie" na Venezuela através de "bancos, iPhones, aplicativos e outras formas inteligentes".

"O dinheiro não será em bolívares, e sim em dólares, ao menos a princípio", declarou.

O Fundo Monetário Internacional prevê uma inflação de 10.000.000% para 2019 na Venezuela, mergulhada em uma crise econômica que já provocou a saída de 2,7 milhões de pessoas do país desde 2015.

"Estamos desenvolvendo uma visão muito completa do que acreditamos ser um plano extremamente efetivo. "Estamos prontos para ir".

Segundo Kudlow, as discussões incluem representantes do líder opositor Juan Guaidó, reconhecido presidente interino da Venezuela por mais de 50 países.

CHEVRON

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