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Trump anuncia mais quatro semanas de negociações comerciais com a China

04/04/2019 21h01

Washington, 5 Abr 2019 (AFP) - O presidente Donald Trump disse nesta quinta-feira (4) que os Estados Unidos e a China estão a um mês de um acordo potencialmente "épico" para dar fim à guerra comercial entre as maiores economias do mundo.

Depois de nove meses de atrito, o anúncio foi um pouco decepcionante, já que a Casa Branca alimentou a expectativa de que Trump anunciaria a data exata de uma reunião com o presidente chinês, Xi Jinping, para assinar o acordo.

Os mercados, inclusive, se animaram nos últimos dias porque acharam que o fim desta guerra - que pode gerar sérios problemas ao crescimento econômico mundial - estava próximo.

"Nós provavelmente saberemos sobre isso nas próximas quatro semanas. Pode demorar mais duas semanas depois disso... Tudo parece estar indo muito bem", disse Trump após receber no Salão Oval da Casa Branca o chefe de negociações da China, Liu He.

Para Trump, há condições para se chegar a um pacto potencialmente "histórico" e "épico", disse ele à imprensa.

As negociações em Washington, iniciadas na quarta-feira, estão previstas para ir até sexta-feira. Em fevereiro, Trump já tinha dito que sua reunião com Xi ocorreria em um mês.

Apesar do otimismo exibido por Trump na quinta-feira, o representante comercial americano, Robert Lighthizer, disse aos repórteres que as principais questões ainda precisam ser resolvidas.

Funcionários dos dois países mostraram nos últimos meses confiança no progresso das negociações, mas o trecho final é a parte mais difícil. A grande questão é como e quando Washington renunciará às tarifas sobre produtos chineses.

Autoridades americanas dizem que as negociações estão perto de terminar de uma forma ou de outra.

"Deve ser um bom negócio", disse Trump a repórteres na Casa Branca. "Se não for um bom acordo, não o faremos", acrescentou.

"Parece que o acordo está progredindo muito bem", disse. "Tudo foi tratado, não há nada que não tenha sido abordado", disse Trump em referência às exigências dos Estados Unidos.

No ano passado, Trump iniciou uma guerra comercial contra a China em busca de reduzir seu déficit comercial bilateral. O presidente acusou Pequim de práticas comerciais desleais e de roubo de tecnologia e impôs tarifas sobre seus produtos.

Washington e Pequim ficaram presos em uma guerra comercial na qual as tarifas sobre bens importados em ambos os sentidos foram reciprocamente impostas sobre 360 bilhões de dólares.

A China se ofereceu para comprar grandes quantidades de matérias-primas dos EUA e tomar medidas para respeitar a propriedade intelectual estrangeira.

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