Pesticidas usados nos EUA estão proibidos na Europa e até no Brasil
Washington, 11 Jun 2019 (AFP) - Boa parte do volume total de pesticidas utilizados na agricultura dos Estados Unidos está proibida na União Europeia, e 2% destes produtos não são permitidos no Brasil, revela um estudo publicado nesta quinta-feira pela revista Environmental Health.
Dos 374 ingredientes ativos autorizados para a agricultura nos Estados Unidos em 2016, 72 estão proibidos na União Europeia.
Dois produtos em particular estão proibidos ou serão suprimidos em breve tanto na União Europeia como no Brasil e na China: o Paraquat, um perigoso herbicida proibido na Europa desde 2007, e o forato, um insecticida neurotóxico cuja fumigação aérea foi vetada pelo Estado de Nova York.
Já os Estados Unidos proíbem apenas dois ou três pesticidas permitidos nos outros países.
"A princípio, o regulador americano era muito bom e proibiu um grande volume de pesticidas, como o DDT", destaca o autor do estudo, Nathan Donley, pesquisador da ONG Centro para a Biodiversidade.
A Agência de Proteção Ambiental (EPA) foi criada em 1970 e proibiu rapidamente vários pesticidas.
"Muitos americanos ainda têm esta ideia de que há uma agência reguladora que é muito funcional e muito protetora. Muitos simplesmente não sabem até que ponto os Estados Unidos ficaram para trás".
O estudo abrange até 2016, último ano da presidência de Barack Obama, e não envolve a EPA da administração de Donald Trump, ainda mais enfraquecida.
"Quando a EPA toma decisões que não agradam o setor agrícola, se coloca em uma situação política delicada", já que é o Congresso que define seu orçamento, denuncia Donley.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.