Comissário europeu garante que importações do Mercosul vão respeitar normas
Bruxelas, 15 Jul 2019 (AFP) - Todos os produtos importados no âmbito do acordo comercial entre a União Europeia e os países do Mercosul vão respeitar as normas alimentares promulgadas por Bruxelas, assegurou nesta segunda-feira o comissário para a Agricultura, Phil Hogan.
"Garantimos que não teremos nenhum produto entrando na União Europeia vindo dos países do Mercosul que não cumpram os padrões alimentares da UE, bem como a ambição climática e ambiental", declarou Hogan ao chegar em Bruxelas para uma reunião dos ministros da Agricultura do bloco.
O anúncio feito no final de junho de um acordo de livre comércio entre a UE e o Mercosul (Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai), após 20 anos de negociações, provocou críticas, especialmente no setor agrícola.
A questão foi incluída na agenda dos ministros da Agricultura nesta segunda-feira para apresentar este acordo político, que ainda deve ser submetido a um longo processo de ratificação dentro da União.
"Esta é uma oportunidade para apresentar exatamente o que está no acordo, porque há muita desinformação sobre o conteúdo do pacto", apontou Hogan.
Vários países europeus expressaram cautela, até mesmo dúvidas, sobre este acordo, especialmente os principais países agrícolas, como França, Irlanda e Polônia.
Os produtores de carne bovina lideram a contestação. Milhares deles protestaram na semana passada em Dublin.
"Espero que os nossos agricultores leiam atentamente o documento (...). Assim, verão que, no contexto de uma longa negociação, onde houve, evidentemente, ganhos importantes para a indústria, também reduzimos nosso nível de concessões na agricultura", acrescentou.
O comissário insistiu na imposição de cotas para certos produtos agrícolas como carne bovina, açúcar ou aves e os controles sanitários que continuarão como atualmente.
Por exemplo, a UE continuará decidindo quais frigoríficos poderão exportar para o bloco, explicou.
O comissário negou que o acordo com o Mercosul represente uma contradição com os compromissos da UE em termos de meio ambiente.
"Os produtores de carne bovina estão no sul do Brasil e não participam de nenhuma maneira nos negócios na Amazônia", afirmou, antes de destacar que o acordo prevê o reflorestamento de "12 milhões de hectares".
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