Governo libera FGTS para aquecer economia
Brasília, 24 Jul 2019 (AFP) - O governo de Jair Bolsonaro anunciou nesta quarta-feira a liberação parcial do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço para aquecer a economia com cerca de 42 bilhões de reais entre 2019 e 2020.
Em cerimônia no Palácio do Planalto, Bolsonaro firmou a medida com a qual espera obter um crescimento econômico adicional de 0,35 ponto em doze meses.
Em dez anos, se espera que a medida ajude a criar três milhões de empregos, com um incremento de 2,5 pontos do PIB per capita.
Segundo Bolsonaro, a medida deverá "acelerar a recuperação" da economia, estimular o consumo das famílias e a atividade econômica do país.
"Estamos dando mais liberdade ao trabalhador para decidir o que fazer com o seu dinheiro", disse o presidente.
Cada trabalhador poderá retirar este ano até 500 reais e um percentual anual variável a partir de 2020 do FGTS.
O valor será ampliado com a liberação parcial de outro fundo de amparo aos trabalhadores: PIS/Pasep.
Em 2017, o então presidente Michel Temer liberou o saque das contas inativas do FGTS.
- "Dinheirinho" para o consumo -"A gente está facilitando muita coisa emergencial, porque a nossa economia não vai bem. Se bem que já está dando sinais de recuperação e acho que dá para a gente ajudar bastante no corrente ano e entrar um dinheirinho no comércio", declarou Bolsonaro.
A medida pretende dar um impulso a uma economia que após dois anos de recessão (2015-2016) cresceu apenas 1,1% em 2017 e 2018, com 13 milhões de desempregados.
Na terça-feira, o Fundo Monetário Internacional (FMI) revisou a previsão de crescimento do Brasil para 2019 de 2,1% para 0,8%.
Para o Estrategista-Chefe do Grupo Laatus, Jefferson Laatus, "a medida denota o interesse em estimular a economia brasileira, o problema é a limitação do saque, o que não impacta o PIB como esperado".
"Terá um reflexo, mas não muito importante".
jm/js
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso do UOL.