Economia americana pisa no freio no segundo trimestre
Washington, 26 Jul 2019 (AFP) - A economia dos Estados Unidos pisou no freio no segundo trimestre, com arrefecimento da indústria e das exportações, embora a atividade na maior potência mundial esteja melhor que em outras nações desenvolvidas.
O ritmo de crescimento acumulado em 12 meses do Produto Interno Bruto (PIB) americano foi de 2,1%, um ponto a menos que no primeiro trimestre, mas superior ao 1,8% previsto por analistas, segundo a primeira estimativa do governo, publicada nesta sexta-feira.
A economia foi sustentada pelo consumo das famílias, que registrou seu ritmo de crescimento mais alto em um ano e meio (+4,3%), compensando o fato de as empresas terem aproveitado seus estoques, em vez de aumentar a produção, reduzindo em 0,6% seus investimentos.
Os intercâmbios comerciais, prejudicados não apenas pelas incertezas que rondam os conflitos comerciais desatados pelo presidente Donald Trump, mas também pela desaceleração da economia global, atingiram em cheio a expansão trimestral dos Estados Unidos.
As exportações caíram 5,2%, seu pior recuo em nove meses, quando o governo de Donald Trump começou seu confronto comercial com a China.
"Não está ruim", tuitou Trump, "considerando que estamos carregando o peso da âncora do Federal Reserve nos nossos pescoços", afirmou, referindo-se às taxas básicas de juros.
O Departamento de Comércio publicou uma revisão da economia do país nos últimos cinco anos, na qual se observa que o crescimento foi muito menor que o estimado no fim de 2018 (1,1% no quatro trimestre, em vez de 2,2%), quando o Fed elevou os juros.
O banco central também revisou em baixa o crescimento desde o último trimestre de 2017 até o último de 2018. Nesse período, o PIB americano aumentou 2,5%, e não os 3,1% estimados anteriormente, abaixo da faixa de 3% reclamada pelo presidente Trump.
- Crescimento menor que o anunciado -Em meio a uma desaceleração da economia mundial, a demanda mais fraca por produtos americanos no exterior significa que as empresas venderam menos carros, autopeças e equipamentos industriais.
O castigado setor industrial dos Estados Unidos também reduziu sua produção de bens não duráveis, e o comércio atacado penou.
Em sua revisão de dados que chegaram ao último trimestre de 2013, o Departamento de Comércio disse que os dados corrigidos e os novos mostraram que o período de outubro a dezembro de 2018 foi mais fraco do que tinha sido informado antes, especialmente nos setores automobilístico e de cuidados médicos.
No quarto trimestre de 2018, o PIB cresceu 1,1%, e não 2,2% como tinha sido anunciado em março. Consequentemente, o crescimento entre os últimos três meses de 2017 e os de 2018 - a medida preferida da Casa Branca e de muitos economistas - diminuiu para 2,5%, contra 3%.
Economistas dizem que a comparação entre o quarto trimestre de um ano com o do anterior dá uma noção mais precisa sobre o estado da economia.
A revisão para baixo afastou a taxa de crescimento de 3,1% que Trump reiteradamente destacou como o melhor desempenho da economia em 14 anos.
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