Reunião no Bahrein sobre segurança marítima inclui Israel e exclui Irã
Dubai, 21 Out 2019 (AFP) - Representantes de mais de 60 países, entre os quais Israel, se reuniram na segunda-feira (21) no Bahrein para discutir a segurança nos transportes marítimos, depois de vários ataques contra petroleiros na região do Golfo e contra centrais petroleiras sauditas.
O Irã, acusado por Estados Unidos, Arábia Saudita e países ocidentais destes ataques, não participa desta reunião.
"Temos que tomar as medidas necessárias para proteger nossos países contra os Estados sem-vergonha", disse o ministro das Relações Exteriores do Bahrein, Khaled Al-Khalifa.
Apesar de não ter relações com o Bahrein, Israel compareceu a este encontro, assim como fez quatro meses atrás, quando já esteve representado em Manama durante a apresentação do aspecto financeiro de um futuro plano de paz americano para o Oriente Médio.
"Juntos temos que tomar as medidas necessárias para frear os países que querem continuar adquirindo armas de destruição em massa", disse o secretário de Estado americano, Mike Pompeo, referindo-se ao Irã.
A proliferação destas armas, segundo Pompeo, "é uma grave ameaça para a paz e a segurança internacionais".
As tensões entre Teerã e Washington crescem desde que os Estados Unidos se retiraram unilateralmente do acordo internacional sobre o programa nuclear iraniano e restabeleceu sanções contra Teerã.
Os participantes da reunião do Bahrein fazem parte de um grupo de segurança marítima e aérea, criado em fevereiro passado na Venezuela.
"O encontro representa uma oportunidade para trocar pontos de vista sobre as formas de fazer frente à ameaça que o Irã representa e garantir a liberdade de navegação", segundo o ministério da Defesa do Bahrein.
Depois dos ataques dos últimos meses contra petroleiros no Golfo, os Estados Unidos formaram uma coalizão marítima para proteger a navegação nesta região, essencial para o abastecimento mundial de petróleo.
Países como Bahrein, Arábia Saudita, Reino Unido e Austrália se uniram a este grupo.
A maioria dos países europeus se negaram a participar por considerar que traria repercussões negativas sobre o pacto nuclear com o Irã, que querem preservar apesar da retirada dos Estados Unidos.
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