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Dona da Louis Vuitton compra joalheria Tiffany por US$ 16,2 bilhões

Tiffany & Co. da 5ª Avenida, em Nova York - Fernanda Schimidt/UOL
Tiffany & Co. da 5ª Avenida, em Nova York Imagem: Fernanda Schimidt/UOL

Em Paris

25/11/2019 07h59

Resumo da notícia

  • É a maior aquisição do grupo francês LVMH, comandado pelo bilionário Bernard Arnault
  • Grupo pretende aumentar sua presenta nos EUA
  • Tiffany é famosa por anéis de casamento e diamantes
  • Fundada em 1837, a joalheria americana buscava modernizar imagem e atrair clientes mais jovens

O grupo número um mundial do setor de luxo, o francês LVMH, anunciou hoje a compra da joalheria americana Tiffany por US$ 16,2 bilhões, o equivalente a R$ 68 bilhões, a maior aquisição da história da empresa comandada pelo bilionário Bernard Arnault.

Em um comunicado conjunto, os dois grupos afirmam ter "concluído um acordo definitivo para a aquisição da Tiffany pelo LVMH a um preço de US$ 135 a ação. A operação avalia a Tiffany em 14,7 bilhões de euros, 16,200 bilhões de dólares".

"Temos a ambição de fazer brilhar esta marca emblemática com todo o cuidado e toda a determinação que conseguimos demonstrar em todas as marcas a que nos unimos ao longo de nossa história", disse Bernard Arnault, citado no comunicado.

"Tiffany é uma empresa que goza de um patrimônio e um posicionamento únicos no mundo do mercado de alta joalheria e nos inspira um imenso respeito e uma grande admiração. Estamos felizes de permitir que siga brilhando no futuro", completou Arnault.

Para o grupo francês, a aquisição "vai reforçar a posição do LVMH na alta joalheria e aumentar sua presença nos Estados Unidos. A chegada da Tiffany, que se soma às outras 75 casas do grupo, vai dar uma nova dimensão ao setor de relógios e joias", resume o comunicado.

O grupo francês propôs inicialmente em 15 de outubro US$ 120 por ação da Tiffany, famosa por seus anéis de casamento e seus diamantes, antes de elevar a oferta para US$ 130 na semana passada.

A última oferta levou a Tiffany a revelar suas contas a LVMH, que finalmente decidiu propor US$ 135 por ação.

No ano fiscal de 2018, o grupo francês registrou vendas que alcançaram 46,8 bilhões de euros, um recorde, com um lucro total de 6,4 bilhões e margem operacional de 21,4%.

A joalheria de Nova York, fundada em 1837, buscava há vários anos modernizar sua imagem e atrair uma clientela mais jovem. O volume de negócios foi de US$ 4,4 bilhões no ano fiscal encerrado em 31 de julho, 6,5% a mais que no período anterior.

O crescimento da empresa foi afetado pela valorização do dólar e a queda dos gastos dos turistas nos Estados Unidos.

A operação "acontece no momento em que nossa marca está imersa em uma transformação importante", disse Alessandro Bogliolo, diretor geral da Tiffany, citado no comunicado, no qual afirma esperar que "forneça suporte, recursos e um impulso adicional para alcançar objetivos".

"O Conselho de Administração concluiu que esta operação abre perspectivas muito promissoras com a LVMH, um grupo que aprecia os pontos fortes da Tiffany e poderá investir em seus equipamentos e ativos únicos, oferecendo ao mesmo tempo um preço atraente e um valor claro aos seus acionistas", disse Roger N. Farah, presidente do Conselho de Administração.

A Tiffany emprega mais de 14 mil pessoas, incluindo 5 mil joalheiros artesanais. Também possui uma rede de mais de 3.200 lojas em todo o mundo, todas administradas diretamente, sem varejistas multimarcas.

O diamante é sua principal atividade. Mais da metade de suas joias tem pelo menos uma dessas pedras.

A conclusão do negócio está programada para meados de 2020, "sujeita às condições precedentes habituais, incluindo a aprovação dos acionistas da Tiffany e as aprovações regulatórias", destaca o comunicado.

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