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Ryanair demitiu 200 funcionários na Espanha

14/01/2020 13h46

Madri, 14 Jan 2020 (AFP) - A companhia aérea irlandesa Ryanair anunciou nesta terça-feira que aboliu mais de 200 empregos de pilotos e pessoal de cabine na Espanha devido ao fechamento de três bases nas Ilhas Canárias.

"Houve mais de 200 demissões nas Ilhas Canárias, apenas para pilotos e funcionários de cabine", disse o gerente de recursos humanos da empresa, Darrell Hugues, em entrevista coletiva em Madri.

Em agosto, o sindicato espanhol estimou que o fechamento das bases anunciado pela Ryanair a partir de janeiro poderia afetar 512 empregos.

A companhia aérea de baixo custo, que acaba de fechar sete bases na Europa, gerando temores para 900 empregos, justificou essa decisão pelo atraso na entrega dos Boeing 737 MAX.

"Não temos aviões suficientes, por isso fechamos as bases", afirmou Hugues.

A Ryanair fez um pedido de 210 unidades do avião americano, atualmente imobilizado após dois acidentes que deixaram 346 mortos no total.

Após o fechamento das bases em Tenerife, Lanzarote e Gran Canaria, alguns pilotos e pessoal de cabine foram transferidos para outras bases do grupo na Europa, mantendo assim seu emprego, disse Hugues, sem divulgar o número ou os países de destino.

A Ryanair finalmente desistiu de fechar uma quarta base em Gerona (nordeste), depois de assinar um novo contrato com seus funcionários que transformou seus empregos em empregos sazonais, afirmou, confirmando informações avançadas pelo sindicato USOC em dezembro.

Cem funcionários aceitaram as novas condições e cerca de vinte deles, que recusaram, foram demitidos, disse Hugues.

A Ryanair espera receber "dez aviões MAX entre março e abril", explicou o diretor de marketing Kenny Jacobs.

A companhia elevou suas previsões de resultados financeiros para 2019 na sexta-feira, graças a um bom período de Natal e reservas melhores do que o esperado.

emi/du/age/mr