EUA não vai impor tarifas sobre aço e alumínio argentinos
Buenos Aires, 26 Jan 2020 (AFP) - Os Estados Unidos decidiram não impor tarifas sobre aço e alumínio da Argentina, deixando sem efeito um anúncio feito em dezembro pelo presidente Donald Trump, informou o ministro das Relações Exteriores da Argentina, Felipe Solá, neste domingo.
"Acabamos de ser deixados de lado, no bom sentido, por uma comunicação interna da Presidência [dos Estados Unidos] sobre esse assunto. A lista de países que seriam alvos de sanções saiu, e a Argentina não está", afirmou o ministro em entrevista à local Rádio 10.
Em 2 de dezembro, oito dias antes da posse do presidente argentino Alberto Fernández, Trump anunciou através de uma série de tuítes que tributaria aço e alumínio importados do Brasil e da Argentina, alegando que a forte desvalorização das moedas dos dois países machucou os produtores americanos.
"O Brasil e a Argentina desvalorizaram fortemente suas moedas, o que não é bom para nossos agricultores", escreveu o presidente. "Portanto, com validade imediata, restaurarei as taxas de todo aço e alumínio enviados para os Estados Unidos desses países", acrescentou à época.
Ainda em dezembro, o presidente Jair Bolsonaro anunciou que Trump desistiu de impor tarifas aos metais brasileiros após uma conversa por telefone entre ambos.
"Ele [Trump] se convenceu dos meus argumentos e decidiu, a nós todos brasileiros, que nosso aço e alumínio não serão sobretaxados", disse Bolsonaro em um vídeo publicado em sua conta no Facebook.
Agora, o recuo na medida, que ainda não havia sido implementada, é "uma excelente notícia para a Argentina", disse Solá, depois de garantir que sua imposição "significaria uma enorme perda de empregos".
O ministro das Relações Exteriores também destacou o papel desempenhado pela embaixada da Argentina em Washington para reverter a decisão. "Há um mérito em ter defendido bem e solidamente" o país, disse ele.
Os Estados Unidos são o principal destino das exportações argentinas de aço e alumínio, representando um mercado de US$ 700 milhões, segundo dados oficiais.
gv/yow
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