Apple e Broadcom condenadas a pagar US$ 1,1 bilhão por violação de patente
Los Angeles, 30 Jan 2020 (AFP) - Um tribunal dos Estados Unidos determinou nesta quarta-feira (29) que as empresas de tecnologia Apple e Broadcom paguem 1,1 bilhão de dólares pela violação de quatro patentes do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech) relacionadas à transmissão de dados sem fio.
Segundo a decisão do júri, a Apple deve pagar 837 milhões e a Broadcom, 270 milhões.
Tanto Apple como Broadcom informaram que pretendem apelar do veredito.
"Como instituição de ensino superior sem fins lucrativos, a Caltech está comprometida em proteger sua propriedade intelectual para promover sua missão de expandir o conhecimento humano e beneficiar a sociedade por meio de pesquisas integradas à educação", afirmou a instituição em comunicado.
O Instituto de Tecnologia da Califórnia abriu o processo em 2016, alegando que os chips Wi-Fi da Broadcom, usados em produtos da Apple, como iPhones, iPads, iPods, relógios Apple e computadores Mac, infringiam as patentes da universidade.
Nos documentos do processo, as empresas acusadas insistiram que a demanda da instituição de ensino "se baseia unicamente na incorporação de chips Broadcom supostamente infratores no iPhone, Mac e outros dispositivos da Apple".
"A Broadcom fabrica os chips acusados, enquanto a Apple é simplesmente uma parte indireta cujos produtos incorporam os chips acusados", de acordo com os documentos.
"Portanto, as demandas da Caltech contra a Apple dependem que se estabeleça que os chips acusados da Broadcom infringem as patentes e que as patentes reivindicadas não são inválidas".
A Broadcom foi o principal objetivo do processo, mas a Apple também foi indiciada, pois é uma das maiores clientes da empresa.
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