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Banco Mundial reduzirá previsão de crescimento global por coronavírus

04/02/2020 18h15

Washington, 4 Fev 2020 (AFP) - O novo coronavírus levará o Banco Mundial (BM) a reduzir as previsões de crescimento da economia mundial, sobretudo devido ao impacto nas cadeias de abastecimento, informou nesta terça-feira (4) o presidente da instituição, David Malpass.

A projeção de crescimento mundial "será rebaixada pelo menos no primeiro semestre de 2020", devido aos prejuízos que o vírus vai provocar no crescimento da China, disse Malpass durante coletiva de imprensa com a ex-presidente do Federal Reserve (Banco Central americano), Janet Yellen.

No começo de janeiro, o BM disse esperar para este ano um aumento do crescimento econômico mundial de até 2,5% contra 2,4% em 2019.

Malpass deu ênfase especial ao explicar o impacto da epidemia na cadeia de abastecimento de e para a China.

"Para dar um exemplo: muitos produtos chineses vão para o mundo na barriga de aviões de passageiros. De forma que se cortarem os voos de passageiros, é preciso ajustar as cadeias de abastecimento para que a economia continue operando", disse.

Várias companhias aéreas decidiram suspender seus voos de e para a China após o aparecimento desta epidemia, que matou mais de 420 pessoas e contaminou 24.000.

Yellen, por sua vez, disse esperar "um efeito importante" no crescimento da China ao menos no primeiro trimestre do ano e talvez no segundo.

"E como a China representa parte da economia mundial, deverá haver um efeito de contágio" em outros países, acrescentou.

Ela acrescentou que em outros episódios de epidemias, observaram-se efeitos econômicos importantes no curto prazo. "A largo prazo, parece ter um efeito relativamente pequeno", disse.

O medo da propagação do vírus paralisou a China, o que tem efeitos para a economia mundial ainda difíceis de quantificar.

O Banco Mundial disse estar avaliando as "consequências econômicas e sociais" e se disse disposto a apoiar a China para enfrentar o problema.

A instituição mostrou-se disposta a apoiar todos os seus países-membros, especialmente os mais pobres e vulneráveis, para enfrentar os efeitos desta crise.

jul-Dt/vog/pcm/gm/gma/mvv