FMI diz que dívida argentina "não é sustentável" e pede colaboração a credores
Buenos Aires, 19 Fev 2020 (AFP) - A dívida da Argentina "não é sustentável" e o país requer que os credores privados contribuam para torná-la sustntável, concluiu nesta quarta-feira o FMI em um comunicado ao final de sua missão em Buenos Aires.
"Se requer uma operação de dívida definitiva, que gere uma contribuição apreciável dos credores privados, para ajudar a restaurar a sustentatbilidade da dívida com uma alta probabilidade", afirmou a entidade.
A dívida pública global do país superava os 311 bilhões de dólares em meados de 2019, mais de 90% do Produto Interno Bruto (PIB) argentino.
"Nossa visão é que o superávit primário que seria necessário para reduzir a dívida pública e as necessidades de financiamento bruto a níveis consistentes com um risco de refinanciamento manejável e um crescimento do produto potencial satisfatório não é politicamente factível", explicou o organismo.
A dívida argentina com o FMI alcança os 44 bilhões de dólares. Dois meses após tomar posse, o presidente Alberto Fernández disse que a dívida atual é impagável e pede para o FMI e os credores renegociarem o prazo, o valor e os juros.
A Argentina havia quitado sua dívida com o FMI em 2006, mas no governo de Mauricio Macri (2015-2019) assumiu o maior empréstimo de sua história, de 57 bilhões de dólares.
Com o país em recessão há quase dois anos e uma taxa de pobreza que chega a quase 40% da população, Fernández suspendeu as parcelas do FMI quando já somava-se 44 bilhões de dólares de endividamento.
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