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Conselho de Segurança da ONU prorroga por un ano sanções contra Iêmen

25/02/2020 20h38

Nações Unidas, Estados Unidos, 25 Fev 2020 (AFP) - O Conselho de Segurança da ONU renovou nesta terça-feira seu programa de sanções contra o Iêmen por mais um ano, após negociações tensas entre a Grã-Bretanha e a Rússia, que ameaçou vetar qualquer menção, mesmo implícita, ao Irã.

Por fim, 13 países adotaram a resolução elaborada por Londres sobre sanções, que entrará em vigor até fevereiro de 2021. Rússia e China se abstiveram.

O plano de sanções, que expiraria na quarta-feira, inclui a extensão do mandato de especialistas da ONU que supervisionam o embargo de armas imposto em 2015.

A resolução também estende as medidas que preveem o congelamento de ativos e a proibição de viagens de funcionários denunciados.

As negociações estavam em andamento há uma semana com pouca dificuldade aparente, mas de repente, na segunda-feira, Moscou disse que não podia apoiar o texto elaborado por Londres.

O governo de Putin ameaçou usar seu veto e ofereceu uma contraproposta, disseram diplomatas.

A Rússia permaneceu rígida em sua posição a qualquer menção no texto ao Irã, que apoia os rebeldes houthis no Iêmen em sua batalha contra as forças do governo apoiadas por uma coalizão militar liderada pela Arábia Saudita.

Um relatório recente de especialistas da ONU que supervisionam o embargo de armas disse que Houthis tem desde 2019 novas armas, drones e mísseis com "características técnicas semelhantes às armas" produzidas no Irã.

Várias ONGs afirmam que o conflito no Iêmen já matou dezenas de milhares de pessoas, a maioria delas civis, enquanto a ONU diz que a guerra causou a pior crise humanitária do mundo.

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