FMI aprova crédito de emergência de US$ 643 milhões para o Equador
Washington, 2 Mai 2020 (AFP) - O Fundo Monetário Internacional (FMI) aprovou ontem um crédito de emergência para o Equador, de US$ 643 milhões, em meio à crise provocada pelo novo coronavírus - anunciaram fontes da instituição financeira.
A direção do FMI decidiu conceder este crédito àquele país, mediante o chamado Instrumento de Financiamento Rápido (IFR). O Equador enfrenta uma crise dupla, causada pela pandemia e pela queda dos preços do petróleo.
Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), há mais de 26,3 mil casos confirmados naquele país, com mais de 1.000 mortos, o que provocou uma emergência sanitária, principalmente na cidade de Guayaquil, capital industrial do Equador.
As imagens de cadáveres e o colapso do sistema de saúde equatoriano chocaram o mundo nas últimas semanas.
Com uma população de 17,5 milhões de pessoas, o Equador ocupa o terceiro lugar em número de mortes na América Latina, atrás do Brasil e do México, conforme os últimos números oficiais.
Até 2020, o FMI espera um declínio acentuado no PIB do Equador, de 6,3%, devido à recessão global causada pela pandemia. O crédito obtido por meio do IFR faz parte do programa de três anos firmado pelo governo de Lenín Moreno em 2019.
Esse empréstimo de US$ 4,2 bilhões envolveu um programa de cortes e ajustes fiscais que levou a uma onda de manifestações em outubro de 2019, quando o governo aumentou os preços dos combustíveis. Episódios de violência relacionados aos protestos deixaram dez mortos.
"Condições favoráveis"
O Ministério da Economia e Finanças do Equador destacou que o crédito aprovado nesta sexta-feira está disponível gratuitamente e em "condições favoráveis", com juros de 1,05% para cinco anos, e três anos de carência.
"Esse financiamento fornecerá a liquidez necessária para apoiar a reativação da produção e a proteção dos empregos", afirmou o Ministério, em um comunicado.
A pasta acrescentou que, na próxima semana, o Banco Mundial vai analisar um fundo de US$ 500 milhões para o país e que, além disso, a Corporação Andina de Fomento (CAF) acrescentará US$ 300 milhões.
Eric LeCompte, da organização Jubilee USA Network, observou que "devido às altas dívidas e a políticas de austeridade, países como o Equador não podem fornecer serviços básicos de saúde para lidar com o coronavírus".
"E muito menos para ajudar seu povo a sobreviver a esse desastre econômico", disse LeCompte, em um comunicado.
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