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Demissões causadas pela pandemia de coronavírus chegam a 45,7 mi nos EUA

Demissões temporárias devido à pandemia de coronavírus totalizam 45,7 milhões de pessoas - Getty Images/Bill Oxford
Demissões temporárias devido à pandemia de coronavírus totalizam 45,7 milhões de pessoas Imagem: Getty Images/Bill Oxford

18/06/2020 10h16

Washington, 18 Jun 2020 (AFP) - O número de pessoas que solicitaram pela primeira vez seguro-desemprego nos Estados Unidos permaneceu em um nível alto de 1,5 milhão —apontam dados divulgados nesta quinta-feira (18) pelo Departamento do Trabalho.

O número de novos desempregados foi surpreendentemente alto, registrando uma queda de apenas 58.000 em comparação com a semana anterior.

Com esses números, as demissões temporárias, devido à pandemia de coronavírus, totalizam 45,7 milhões de pessoas.

Até a semana passada, mais de 760.000 pessoas em 46 estados do país apresentaram pedidos de assistência ao desemprego, amparadas por um programa especial destinado a trabalhadores que não seriam elegíveis para os benefícios em condições normais, disse o Departamento do Trabalho.

Rubeela Farooqi, da High Frequency Economics, afirmou que o relatório da semana mostrou um quadro misto na maior economia do mundo.

"A diminuição das reivindicações contínuas pela segunda semana consecutiva, embora pequena, é encorajadora e indica algumas contratações, ou recontratações", afirmou a especialista.

"No entanto, a alta taxa de demissões é indicativa de tensões contínuas no mercado de trabalho", acrescentou.

Os dados mostram a imagem mais recente da devastação econômica causada pela pandemia de coronavírus, que obrigou as empresas de todo país a fecharem desde meados de março, causando demissões em massa.

O ritmo dos novos pedidos de ajuda semanais diminuiu após atingir seu ponto máximo no final de março. Muitos estados adotaram a reabertura de suas economias, pelo menos parcialmente.

O vírus persiste, porém, com o epicentro da pandemia se movendo de Nova York para os estados do sul e leste.

Os Estados Unidos são palco do pior surto de coronavírus do mundo, com mais de 117.000 mortes e mais de 2,1 milhões de casos diagnosticados.