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Greenpeace é condenado a pagar 80.000 libras por bloquear plataforma de petróleo

03/07/2020 11h03

Londres, 3 Jul 2020 (AFP) - O Greenpeace anunciou nesta sexta-feira que foi multado em 80.000 libras pela justiça britânica por bloquear em 2019 uma plataforma de petróleo da BP no Mar do Norte, administrada pela empresa Transocean, que o processou.

Os ativistas, que chegaram a subir a bordo da plataforma em alto mar, perturbaram seu movimento por vários dias em junho de 2019, forçando a BP a mudar sua rota para chegar ao campo de petróleo de Vorlich.

Um tribunal de Edimburgo, na Escócia, decidiu que a ONG violou sua proibição de bloquear a plataforma, informou o Greenpeace em um comunicado, alegando que havia sido multado em 80.000 libras (100.000 dólares) e forçado a reembolsar os gastos legais da Transocean.

No entanto, ao contrário do que a operadora da plataforma pedia, o CEO do Greenpeace no Reino Unido, John Sauven, não foi condenado à prisão.

"Estamos decepcionados que a Transocean tentou nos punir por tentar proteger o planeta", disse Sauven.

"Mas nossa campanha não termina aqui e continuaremos lutando para impedir que a indústria do petróleo estrague o clima", afirmou, citado no comunicado.

A organização ambientalista e a gigante petrolífera britânica têm outra batalha no tribunal.

O Greenpeace conseguiu em abril obrigar o governo britânico a publicar uma licença de perfuração emitida para a BP no Mar do Norte. Esta publicação permitirá a ONG solicitar seu cancelamento devido a critérios ambientais.

O objetivo da BP é extrair 30 milhões de barris de petróleo em Vorlich, uma plataforma offshore cerca de 240 km a leste da cidade de Aberdeen, na costa escocesa.

A produção pode chegar a 20.000 barris de petróleo por dia e o custo do projeto é de 200 milhões de libras.

jbo/acc/pc/mr

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