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Washington acusa Pequim de 'guerra-relâmpago' para 'superar' os EUA

16/07/2020 16h18

Washington, 16 Jul 2020 (AFP) - O governo de Donald Trump acusou a China de levar adiante uma "guerra-relâmpago comercial" para "superar os Estados Unidos como a primeira superpotência mundial".

O novo ataque veio do secretário de Justiça Bill Barr, e se soma às frequentes acusações do presidente americano e do secretario do Estado, Mike Pompeo, contra Pequim.

"A República Popular da China está envolvida em uma Blitzkrieg (guerra-relâmpago) comercial, em uma campanha agressiva e pública" para se "impor na economia mundial e superar os Estados Unidos, como a superpotência mundial", em um discurso pronunciado no Michigan.

"É claro" que a China "não busca apenas fazer parte do grupo de economias industriais avançadas, mas também de substituí-las", acusou o funcionário.

Bill Barr considera que Pequim recorre a métodos desleais e ilegais para obter suas tarifas.

Ele alertou sobre "os graves riscos" que outros países assumem "ao autorizar a ditadura mais poderosa do mundo a construir a próxima geração de redes de telecomunicações", a 5G.

Barr criticou os governos anteriores dos EUA e grandes empresas em seu país, os quais acusou de passividade ou cumplicidade com as ambições chinesas.

As relações entre as duas potências mundiais estão cada vez mais tensas em questões diversas: comércio, Hong Kong, mar da China Meridional e minoria uigur.

Nesse contexto, os Estados Unidos anunciaram na quarta-feira restrições de vistos para gerentes de empresas de tecnologia chinesas, incluindo a Huawei, que concederiam "apoio material" a violações de direitos humanos.

O conflito resultou em uma série de sanções e retaliações nos últimos meses.

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