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Gigante norueguês do alumínio Norsk Hydro limita perdas com ajuda do Brasil

22/07/2020 10h52

Oslo, 22 Jul 2020 (AFP) - A multinacional norueguesa do setor de alumínio Norsk Hydro conseguiu limitar suas perdas no terceiro trimestre, acentuadas pela pandemia do coronavírus, graças ao aumento da produção no Brasil e ao controle de suas despesas.

Afetado pela redução da demanda, pela queda dos preços e pela desvalorização de seus ativos, o grupo, presente em mais de 40 países, registrou perdas de 132 milhões de dólares no segundo trimestre, contra os 98 milhões de dólares registrados no ano passado, conforme dados divulgados pela empresa nesta quarta-feira (22).

A crise causada pela pandemia atingiu diretamente setores essenciais para o grupo, como o automotivo e o de construção, grandes consumidores de alumínio.

Como resultado, os preços do alumínio primário e da alumina, ou óxido de alumínio, caíram 15% e 29%, respectivamente, no segundo trimestre, com as fábricas operando bem abaixo de sua capacidade.

As perdas da Norsk Hydro foram menores, no entanto, graças ao aumento da atividade em sua fábrica Alunorte, no estado do Pará, no norte do Brasil, a maior planta de produção de alumina do mundo.

Sua atividade havia sido paralisada, depois que as autoridades brasileiras acusaram a empresa de ter poluído a água na cidade de Barcarena, onde está localizada.

Além disso, a Justiça brasileira suspendeu, no ano passado, o embargo sobre um novo depósito de resíduos de bauxita (de onde a alumina é extraída), chamado DRS2. Ele é essencial para a Alunorte recuperar suas capacidades de produção.

O grupo norueguês também conseguiu controlar seus gastos mundiais, especialmente na Alunorte.

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