Economia chilena cai 10,7% em julho, menos que o esperado
Santiago, 1 Set 2020 (AFP) - A economia chilena caiu 10,7% em julho em comparação ao mesmo mês do ano passado, menos que o esperado em meio à crise econômica provocada pela pandemia - informou o Banco Central nesta terça-feira (1o).
A queda do indicador mensal foi menor que a prevista no mercado, que estimava uma contração em torno de 12%. Também é a mais baixa de todas as quedas registradas no segundo trimestre em meio à pandemia de coronavírus.
"O Imacec (Índice Mensal da Atividade Econômica) de julho caiu 10,7%. Queda muito significativa, mas menor do que se esperava e menor também do que as outras quedas registradas no segundo trimestre", disse o ministro da Fazenda, Ignacio Briones.
Para o terceiro trimestre, são esperados "números negativos, mas melhores do que no segundo trimestre. E, no final do ano, números positivos e recuperação em 2021", acrescentou o ministro.
A mineração, que não parou durante a pandemia, continua sustentando a economia chilena, de acordo com o INE.
Como primeiro produtor mundial de cobre, com quase um terço da oferta global, o chamado "Imacec de mineração" cresceu 1,4% em julho, enquanto o de "não mineração" caiu 12%.
O impacto pelos efeitos da emergência de saúde foram sentidos especialmente nas atividades de serviço e construção civil e, em menor medida, no comércio e na indústria manufatureira.
Durante o segundo trimestre, o Produto Interno Bruto (PIB) do Chile caiu 14,1% na comparação anual, afetado pelas restrições impostas pela pandemia, que geraram quedas em todos os setores, exceto a mineração.
Para todo 2020, o Banco Central estimou uma queda do PIB de até 7,5%, a pior em 35 anos, devido ao impacto do coronavírus.
pa/pb/mr/aa/tt
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