Venezuela anuncia plano de 'contingência' pela escassez da gasolina
Caracas, 11 Set 2020 (AFP) - O governo venezuelano anunciou, nesta sexta-feira (11), o início de um "plano especial de contingência" destinado a regular o "fornecimento de combustível" diante da grave escassez de gasolina enfrentada pelo país sul-americano e que gera filas quilométricas nos postos de abastecimento.
Sem detalhar com precisão o novo plano, o governo de Nicolás Maduro afirmou em um comunicado que "tenderá a regular e normalizar" a distribuição de combustível "em curto e médio prazo".
O comunicado de imprensa não menciona um possível racionamento da gasolina, nem uma distribuição reservada para certas profissões, como médicos, ou soldados.
A Venezuela tem as maiores reservas comprovadas de petróleo do mundo, mas está afetada por uma grande escassez de combustível.
Até mesmo em Caracas, as filas em postos de gasolina chegam a vários quilômetros em alguns estabelecimentos, e os motoristas têm de esperar horas, ou mesmo dias, até conseguir abastecer, uma situação que não acontecia antes.
Em maio e junho deste ano, o Irã - aliado do presidente socialista Nicolás Maduro - enviou cinco navios petroleiros para a Venezuela com um total de 1,5 milhão de barris de combustível. Esses envios ajudaram a aliviar a Venezuela por várias semanas, mas a escassez está voltando.
A indústria do petróleo marcou o início da emergência econômica do país desde o século passado e também sua principal fonte de renda. No entanto, sua produção passou de 3,2 milhões de barris por dia há dois anos para 400.000 barris por dia em julho.
Para o governo socialista de Nicolás Maduro, essa mudança é consequência das sanções draconianas impostas pelos Estados Unidos.
Em seu comunicado do anúncio do "plano especial de contingência", o governo destacou mais uma vez o "bloqueio vil, em forma de sanções injustas, ilegais e unilaterais impostas" por Washington contra a petroleira estatal PDVSA.
O governo de Donald Trump aumenta cada vez mais a pressão contra Nicolás Maduro, a quem não reconhece como presidente da Venezuela.
A oposição venezuelana e os analistas destacam a corrupção e o descuido dos responsáveis da indústria do petróleo em seu país.
gde/ial/lp/gfe/aa/tt
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.