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EUA inclui maior fabricante chinesa de chips em lista de empresas sacionadas

18/12/2020 15h42

Washington, 18 dez 2020 (AFP) - O governo do presidente americano, Donald Trump, anunciou nesta sexta-feira (18) ter imposto controles de exportação à SMIC, maior fabricante chinesa de chips de informática, restringindo o acesso da empresa à tecnologia americana de última geração por supostos vínculos com o exército chinês.

"Acrescentamos a SMIC à lista de entidades (sancionadas), principalmente porque precisamos nos assegurar de que a propriedade intelectual e as capacidades de fabricação dos Estados Unidos não estão sendo utilizadas pelos chineses da SMIC para continuar apoiando fusões cívico-militares na China", diz o Departamento do Comércio em um comunicado.

A medida faz com que as empresas americanas precisem solicitar uma licença antes de exportar seus produtos à SMIC, e aponta especificamente à capacidade da empresa de adquirir materiais para produzir chips de 10 nanômetros ou menos, os melhores da indústria.

O Departamento de Comércio informou que Washington tem provas de que a SMIC trabalhou com o exército chinês no desenvolvimento de mísseis balísticos de curto e médio alcance, e em exoesqueletos para soldados, mas vem discutindo com a empresa chinesa durante meses sobre uma forma de evitar a sanção.

"Simplesmente não podíamos mais ficar imóveis, vendo nosso adversário usar nossas tecnologias para impulsionar suas capacidades militares", comentou no comunicado Wilbur Ross, secretário do Comércio.

A decisão aumenta a pressão sobre a fabricante de chips, que recebeu bilhões de dólares de Pequim e está no centro dos esforços chineses para melhorar a autossuficiência tecnológica do país.

Durante o mandato de Trump, que se encerra em 20 de janeiro, os Estados Unidos têm atacado repetidamente seu concorrente comercial através de uma lista de empresas sancionadas, que agora inclui centenas de companhias e subsidiárias chinesas.

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