Bolívia espera crescer 4,8% e confia em que 2021 não será um ano catastrófico
La Paz, 23 dez 2020 (AFP) - A Bolívia projeta expansão de 4,8% em seu Produto Interno Bruto (PIB) para 2021, segundo o Ministério da Economia, que acredita que o próximo ano não será catastrófico, mas com possibilidade de retomada do crescimento.
"O Orçamento Geral do Estado (PGE) 2021 projeta uma taxa de crescimento do PIB de 4,8%, impulsionada pelo investimento público, medidas econômicas de dinamização do mercado interno e investimento privado", afirmou a instituição em comunicado enviado para a AFP.
O Ministério acrescentou que seus números estão ligeiramente abaixo das projeções de organismos internacionais, como a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), que estima um crescimento da Bolívia para 2021 em 5,2%, e do Fundo Monetário Internacional (FMI), que o estima em 5,6%.
"Por enquanto não devemos pensar que o próximo ano será catastrófico, é um ano de esperança, pois há muitas possibilidades de voltar a crescer e levantar a economia", afirmou o ministro da Economia, Marcelo Montenegro, citado no comunicado.
Para 2020, o governo estima uma contração do PIB de 8,4%, um déficit das finanças públicas de 12,3% do PIB e uma inflação de 1,1%.
O governo do economista de esquerda Luis Arce destacou que a pandemia atingiu a atividade nacional, à qual se somou - afirmou - uma série de erros do executivo da direita Jeanine Áñez, que governou interinamente até a posse de Arce, em novembro.
As estimativas oficiais estão registradas na PGE, aprovada na terça-feira no Congresso bicameral, controlado pelo movimento Movimento ao Socialismo (MAS).
O Orçamento Geral prevê um investimento público de 4,011 bilhões de dólares que serão destinados a infraestruturas como transportes, comunicações e recursos hídricos, assim como a setores produtivos como energia, agricultura, mineração, indústria, hidrocarbonetos e turismo.
A Bolívia também mantém sua posição de negociar com a comunidade internacional e os organismos de crédito medidas para amenizar o pagamento da dívida externa.
Nesse sentido, o governo propôs a suspensão, perdão ou reestruturação dos pagamentos.
jac/rs/jc/mvv
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