Déficit comercial dos EUA cresce 17,7% em 2020, mas cai em dezembro
Washington, 5 Fev 2021 (AFP) - O déficit comercial dos Estados Unidos cresceu 17,7% em 2020, mas registrou queda de 3,5% em dezembro, devido à queda nas exportações por conta da pandemia do coronavírus, informou o Departamento de Comércio nesta sexta-feira.
Em 2020, o déficit subiu para US$ 678,74 bilhões. A balança de bens registrou um vermelho de 915,790 bilhões e a de serviços, um superávit de 237,050 bilhões.
O déficit comercial de bens com a China, objeto de discórdia durante o governo Trump, diminuiu em US$ 34,4 bilhões para US$ 310,8 bilhões no ano passado devido a um aumento escasso nas exportações e uma pequena queda nas importações.
Com isso, a redução é de quase 10% anual e de 7,56% em dezembro.
Em relação aos serviços, não foram disponibilizados dados, pelo que não é possível comparar com os dados de 2019, quando o déficit total foi de 307,840 bilhões.
Por sua vez, Pequim anunciou que o superávit da China com os Estados Unidos aumentou ainda mais no ano passado, o que foi visto como um revés para Trump, que travou uma batalha com o gigante asiático.
Segundo dados da China, o superávit comercial de 2020 aumentou 7,1%, para US$ 316,9 bilhões com os Estados Unidos.
No ano passado, em meio à pandemia, a demanda por produtos médicos e eletrônicos de teletrabalho impulsionou as exportações chinesas para os Estados Unidos.
Mas, na direção oposta, as restrições aos Estados Unidos impediram exportar para a China o nível de serviços dos anos anteriores.
Antes da crise global de saúde, as importações de produtos chineses já haviam diminuído devido à imposição de tarifas punitivas sobre um grande número de produtos chineses. No entanto, longe de reduzir o montante total do déficit comercial dos Estados Unidos, essa guerra comercial mudou os fluxos comerciais.
Por exemplo, o déficit de bens com o México saltou 11,16% no ano, para 112,750 bilhões de dólares.
Por outro lado, a pandemia interrompeu o comércio com o Canadá, um parceiro comercial histórico: o déficit de bens caiu 44%, para US$ 14,97 bilhões.
hs-an/mls/gma/mr
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