FMI diz que investimento em vacinas 'será pago por si só' graças ao impulso ao crescimento
O gasto público para acelerar as campanhas de vacinação com o objetivo de acabar com a pandemia de covid-19 vai gerar lucros e estimular o crescimento, estimou o Fundo Monetário Internacional (FMI) nesta quarta-feira (7).
"A vacinação será paga por si só, fornecendo um excelente valor ao dinheiro investido na produção global de vacinas e sua distribuição", disse o FMI em seu relatório "Monitor Fiscal", sobre o estado das finanças públicas, divulgado em meio às reuniões semestrais que acontecem nesta semana virtualmente.
Os economistas calculam que se a pandemia for controlada antes do esperado - o que implica a maioria dos países ter um acesso amplo à vacina até o início de 2022 - isso vai gerar um "crescimento econômico mais forte" e mais de um trilhão de dólares em receitas fiscais para as economias avançadas até 2025.
Perspectivas para a economia
Nesta semana o FMI melhorou suas perspectivas para a economia global, ao projetar um crescimento de 6% para este ano, após a contração de 3,3% em 2020, que marcou a pior queda do PIB em tempos de paz em um século.
Para a América Latina, o Fundo prevê um crescimento de 4,6%, mas alertou que a expansão a longo prazo depende da evolução da pandemia.
O FMI destacou também as respostas rápidas implementadas pelos governos para tentar conter o prejuízo à economia, que somam cerca de 16 trilhões de dólares.
No entanto, alertou que acabar com a crise de saúde ainda é crucial para que a recuperação seja sólida e afirmou que a distribuição de vacinas para os países pobres foi "muito injusta".
No relatório, a instituição destacou a necessidade de uma continuidade do gasto público, mas alertou que os crescentes níveis da dívida fazem com que seja fundamental que as autoridades políticas direcionem bem os auxílios.
O Fundo também reiterou sua sugestão de que os países usem impostos para os mais ricos para financiar seus programas.
"Para ajudar a satisfazer as necessidades de financiamento, as autoridades de políticas públicas poderiam considerar contribuições temporárias para a covid-19, aplicadas para as rendas mais altas ou à riqueza", afirmou.
O FMI também indicou que é preciso uma "reforma fiscal em nível doméstico e internacional" para gerar os recursos necessários para melhorar o acesso aos serviços básicos, além de reforçar as redes de segurança e os objetivos de desenvolvimento.
A economista-chefe do FMI Gita Gopinat afirmou que é "muito a favor de um imposto mínimo global à renda empresarial", devido à "grande quantidade" de evasão fiscal e de dinheiro transferido para paraísos fiscais.
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