Nova batalha política sobre candidatos de Biden ao Fed
Washington, 15 Fev 2022 (AFP) - Vários parlamentares republicanos boicotaram nesta terça-feira (15) a votação no Senado dos candidatos selecionados pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, para presidir o Federal Reserve (Banco Central, Fed), acusando esses economistas de serem "extremamente controversos".
Os três candidatos, promovidos por Biden pela diversidade que trariam à instituição, estão no centro de uma batalha política no Congresso americano.
Os republicanos do comitê encarregado de examinar essas indicações se recusaram a participar de uma das reuniões nesta terça-feira, paralisando o processo de confirmação de candidatos.
"Não estamos querendo atrasar a votação, estamos procurando respostas", afirmou o senador Pat Toomey, que acusou um dos candidatos de Biden de posições "evasivas" e "desonestas".
Sarah Bloom Raskin, ex-número dois do Departamento do Tesouro durante o governo do democrata Barack Obama (2009-2017) e escolhida por Biden para o cargo-chave de vice-presidente do Fed responsável pela supervisão bancária, concentra as críticas do lado republicano.
"Raskin quer que nosso sistema bancário comece a escolher vencedores e perdedores para que as famílias americanas se vejam com contas mais altas de gás e eletricidade", acusou o líder republicano do Senado, Mitch McConnell.
Ele também repreendeu Lisa Cook, que se tornaria a primeira mulher negra a servir como chefe do Fed, por ter "promovido teorias da conspiração" em torno do racismo e da polícia.
Os democratas criticaram fortemente o boicote republicano.
"Em vez de estar em sua posição, de fazer seu trabalho, os republicanos abandonaram o povo americano", reagiu o chefe da Comissão Bancária do Congresso, Sherrod Brown.
cjc/rle/cjc/llu/am
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