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Rússia x Ucrânia: Bolsas na Ásia caem e preço do petróleo sobe com tensões

Os mercados asiáticos caíram e o preço do petróleo subiu, reflexo da crise entre Rússia e Ucrânia - Amanda Perobelli/Reuters
Os mercados asiáticos caíram e o preço do petróleo subiu, reflexo da crise entre Rússia e Ucrânia Imagem: Amanda Perobelli/Reuters

22/02/2022 00h38Atualizada em 22/02/2022 10h32

Os mercados asiáticos caíram e o preço do petróleo subiu nesta terça-feira (22), depois que o presidente russo, Vladimir Putin, ordenou o envio de tropas para duas regiões separatistas no leste da Ucrânia, aumentando a tensão geopolítica e os temores de um conflito.

Os investidores debandaram depois que Putin reconheceu as regiões separatistas de Donetsk e Lugansk e ordenou que forças de "manutenção da paz" fossem enviadas à Ucrânia.

A perspectiva de guerra e sanções duras aumentou os temores de um impacto no fornecimento de bens essenciais, como petróleo, trigo e níquel.

O preço do petróleo, que subiu mais de 20% este ano devido à demanda crescente, subiu mais de 3% no início desta nesta terça-feira e se aproximou da marca de US$ 100 o barril pela primeira vez desde 2014.

Nem mesmo a perspectiva de um acordo nuclear com o Irã, que permitiria a Teerã retomar as exportações de petróleo, conseguiu moderar o aumento.

A bolsa de Hong Kong caiu mais de 3% e a de Tóquio mais de 2%, enquanto Xangai, Sydney, Seul, Taipei e Bangkok perderam mais de 1%.

Perdas também foram registradas em Cingapura, Manila, Jacarta e Wellington.

"É uma situação fluida por causa das mudanças geopolíticas que temos", disse Chris Weston, da Pepperstone Financial Pty.

A incerteza dos mercados também valorizou as ações seguras. O ouro ultrapassou US$ 1.900 e se aproximou de seu nível mais alto no último ano, enquanto o iene japonês se valorizou em relação ao dólar.

A moeda americana também se fortaleceu em relação a outras moedas, incluindo um ganho de 4% em relação ao rublo russo.

"A incerteza continua reinando", disse Cristian Maggio, da TD Securities. "No caso de um conflito armado, os ativos russos serão significativamente enfraquecidos mais do que agora."