Administradora do gasoduto Nord Stream 2 apresenta pedido de falência
A companhia russo-alemã Nord Stream 2 se declarou "insolvente" depois que a Alemanha suspendeu a certificação do gasoduto em retaliação à invasão da Rússia na Ucrânia.
A empresa apresentou um pedido de quebra e demitiu seus 106 funcionários, disse nesta terça-feira (1º) o diretor econômico da comuna suíça de Zug, onde ela tem sua sede.
"Fomos informados hoje que esta empresa não poderia continuar", disse a autoridade, Thalman-Gut. A Nord Stream 2 não conseguiu apresentar um plano social "porque está insolvente", acrescentou.
A construção deste gasoduto foi defendida durante anos pela ex-chefe do governo alemão Angela Merkel, apesar das pressões dos Estados Unidos, que o via como um meio do presidente russo, Vladimir Putin, exercer chantagem energética sobre a principal potência econômica europeia.
As manobras de preparação para a invasão da Ucrânia e sua concretização na semana passada selaram por fim o destino deste gasoduto, que estava pronto para entrar em operação, com capacidade de transporte de 55 bilhões de metros cúbicos de gás por ano.
A Alemanha anunciou no início da semana passada a suspensão desta obra faraônica com a qual esperava realizar sua transição energética.
E na quarta-feira, quando as tropas russas se preparavam claramente para atacar, o presidente dos EUA, Joe Biden, anunciou que imporia sanções ao gasoduto e seus administradores.
A empresa-mãe da Nord Stream é a gigante russa do setor energético Gazprom.