Imagens de satélite preveem perda de um terço das colheitas de trigo na Ucrânia
Paris, 6 Mai 2022 (AFP) - O rendimento da próxima colheita de trigo na Ucrânia poderá ser 35% menor em relação a 2021 devido à invasão russa, segundo imagens de satélite analisadas pela empresa de geolocalização Kayrros em uma nota publicada nesta sexta-feira (6).
O conflito perturbou gravemente a temporada de plantio, que está em curso, e obrigou os agricultores a trabalhar debaixo de bombas, com dificuldades para encontrar combustível.
Nas imagens registradas pelos satélites, a diferença já é visível, o que corrobora as previsões dos analistas.
As imagens foram feitas entre 14 e 22 de abril, pouco menos de dois meses depois da Rússia ter iniciado a invasão do país, pelo satélite Terra da NASA, e logo analisadas pela Kayrros.
O especialista em imagens de satélite e em geolocalização do meio ambiente se baseou no método denominado "índice de vegetação por diferença normalizada", uma análise infravermelha de precisão que permite avaliar o estado das plantas e prever assim a produção dos cereais.
Neste momento, a Ucrânia teria capacidade para produzir 21 milhões de toneladas de trigo em 2022, 12 milhões a menos que em 2021, estima Kayrros. Em relação à média dos últimos cinco anos, o rendimento das colheitas seria 23% menor.
Os agricultores que conseguiram plantar enfrentaram problemas de armazenamento, já que as exportações por ferrovia e rodovia apenas podem compensar uma parte mínima das saídas de mercadoria por navios.
A Rússia mantém os portos ucranianos bloqueados, tanto no Mar Negro como no de Azov, dificultando gravemente as trocas comerciais.
O conflito promete agravar as fragilidades de países muito dependentes das exportações de cereais russos e ucranianos, como a Somália e a República Democrática do Congo.
cla/ico/abx/mab/jvb/dd
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Apenas assinantes podem ler e comentar
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia os termos de uso