TCU aprova processo de privatização da Eletrobras
Brasília, 19 Mai 2022 (AFP) - O Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou nesta quarta-feira o processo de privatização da Eletrobras, maior empresa de energia elétrica da América Latina, que se tornará a primeira grande estatal a ser vendida no governo de Jair Bolsonaro.
Por ampla maioria, o órgão endossou a venda, que, segundo o governo, poderia ser concretizada entre meados de junho e meados de agosto. "Declaro, por 7 votos a 1, vencedora a proposta" do relator, que autoriza a continuação do processo de desestatização, declarou a juíza Ana Arraes, presidente do TCU, após mais de 4 horas de deliberação.
A privatização, aprovada em meados de 2021 pelo Congresso, será realizada via capitalização, por meio da emissão de novas ações, a fim de que a participação estatal no capital da Eletrobras caia de 72% para 45%, segundo analistas.
A expectativa do governo é de captar até 67 bilhões de reais, dos quais 25 bilhões iriam para os cofres do Tesouro. O restante seria destinado a programas públicos de redução de tarifas e de desenvolvimento, segundo estimativas de especialistas.
A pouco mais de quatro meses das eleições presidenciais, o aval do TCU é uma boa notícia para Bolsonaro, que, desde que chegou ao poder com a promessa de enxugar o Estado e sanear as contas públicas, mal pôde avançar em seu projeto ambicioso de privatizar uma centena de empresas.
A privatização de ativos públicos é um dos grandes temas da pré-campanha, especialmente em meio à disparada da inflação devido, entre outras coisas, ao aumento do preço da energia e do combustível, o que levou Bolsonaro a não descartar também a privatização da Petrobras, maior empresa da América Latina.
jm/mel/gm/lb
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Apenas assinantes podem ler e comentar
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia os termos de uso