Wall Street fecha em baixa, preocupada com China e Fed
A bolsa de Nova York fechou em baixa nesta segunda-feira (28), preocupada com as consequências do movimento de protesto na China contra as políticas anticovid de Pequim, e por algumas declarações de membros do Federal Reserve (Fed, banco central americano).
O Dow Jones registrou baixa de 1,45%, o tecnológico Nasdaq teve queda de 1,58% e o índice ampliado S&P 500 recuou 1,54%.
"O mercado parece se concentrar quase que exclusivamente na política 'covid zero' da China", resumiu Art Hogan, da B. Riley Wealth Management.
Depois das manifestações espontâneas dos últimos dias para pedir uma suspensão total ou parcial das restrições sanitárias para conter a covid-19, o governo chinês respondeu nesta segunda-feira mobilizando um considerável efetivo policial, particularmente em Xangai e Pequim.
"Começamos mal com os protestos na China e, depois, alguns membros do Fed usaram uma linguagem dura sobre o ajuste monetário", explicou Jack Ablin, da Cresset Capital.
"Ainda há trabalho a fazer" no tema do ajuste monetário, avaliou o presidente da filial nova-iorquina do Fed, John Williams, que reiterou que conter a inflação "levará tempo".
"Resta um caminho a percorrer", acrescentou James Bullard, presidente do Fed de Saint Louis, para quem a taxa básica de juros do banco central deve aumentar pelo menos a um nível de 5%-5,25% contra 3,75%-4% atualmente.
"Tudo parece se encaminhar para uma menor tomada de risco" pelos investidores, apontou Ablin, uma tendência que afeta em particular as matérias-primas e provoca o fortalecimento do dólar, moeda de refúgio por excelência.
O mercado espera o discurso do presidente do Fed, Jerome Powell, na quarta-feira. Na quinta, será publicado o índice PCE da inflação e, em seguida, na sexta, o relatório mensal sobre o emprego nos Estados Unidos.
Entre os valores do dia, as petroleiras, afetadas por uma queda do petróleo em boa parte do dia por causa da situação na China, perderam terreno. A ExxonMobil perdeu 3% e a Chevron, 2,91%.
A Apple (-2,63% a US$ 144,22) também continua sofrendo os efeitos da crise na China, onde fica sua principal central de produção do iPhone, o que deveria limitar a disponibilidade de seu principal produto.
Depois de uma "Black Friday" boa para as vendas on-line, alguns gigantes do setor como Amazon (+0,58%), Walmart (+0,29%) e Target (+1,22%) conseguiram registrar altas.
tu/mr/ll/mvv/am
© Agence France-Presse
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