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Wall Street fecha em alta, impulsionada por confiança dos consumidores

21/12/2022 20h09

A bolsa de Nova York fechou em alta, nesta quarta-feira (21), graças a uma confiança renovada dos consumidores dos Estados Unidos na economia do país.

O índice Dow Jones fechou em alta de 1,60%, a 33.376,48 pontos, enquanto o tecnológico Nasdaq subiu 1,54%, a 10.709,37 pontos, e o S&P 500 avançou 1,49%, a 3.878,44 pontos.

"As ações se recuperaram depois do aumento da confiança dos consumidores", comentou Edward Moya, da Oanda.

A bolsa abriu em alta e a tendência se confirmou depois da publicação da confiança dos consumidores.

O dado mostrou uma recuperação inesperada deste índice em dezembro, voltando ao seu nível mais alto em mais de seis meses, embora muitas famílias antecipem uma recessão no futuro.

Este índice subiu para 108,3 pontos, frente aos 101,4 de novembro, segundo dados publicados nesta quarta-feira pelo Conference Board.

Este número ficou muito acima dos 101,2 pontos, esperados pelos analistas, segundo o consenso da empresa MarketWatch.

"Este dado positivo (...) é um quebra-cabeça para os investidores, que esperam que a economia entre em recessão rapidamente", admitiu Moya.

Para Peter Cardillo, da Spartan Capital, não se deve excluir uma alta da bolsa influenciada pelo fim do ano, um evento conhecido como "Santa Claus Rally" (o repique do Natal), já que o S&P 500, o índice mais representativo do mercado americano, se aproxima novamente dos 4.000 pontos.

Alguns resultados animadores das empresas ajudaram o Dow Jones, destacaram os analistas da Schwab.

As ações da Nike subiram 12,29%, a 115,89 dólares, e alguns varejistas como a Macy's (+1,31%) e a rede de artigos esportivos Dick's (+3,20%) se beneficiaram deste resultado.

As ações da Fedex subiram 3,43%. A empresa de entregas anunciou na terça-feira, após o fechamento do mercado, que vai implementar novas medidas de economia, que lhe permitirão compensar uma diminuição de sua atividade.

As ações da Tesla, que tinham recuado 8% na terça-feira, perderam 0,17%, a 137,57 dólares, um novo mínimo para este ano.

O fundador da empresa, o bilionário Elon Musk, anunciou na terça que deixará o cargo de diretor-executivo do Twitter quando encontrar um substituto, respeitando o resultado de uma enquete que publicou na plataforma, na qual os usuários da rede social rejeitaram sua continuidade no comando da empresa.

Em três meses, a Tesla acumulou perdas de quase 55% em seu valor em Wall Street. Desde que Musk comprou o Twitter, a Tesla registrou perdas de mais de 33%.

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© Agence France-Presse