Petróleo volta a cair em mercado sem perturbações
Os preços do petróleo caíram nesta quarta-feira (31), em um mercado sem perturbações do lado da oferta, apesar dos diversos focos de tensão no mundo, em um contexto de demanda fraca.
A cotação do barril Brent do Mar do Norte, de referência na Europa e para entrega em março, cedeu 1,39%, para 81,71 dólares. Já o West Texas Intermediate (WTI), negociado no mercado americano e para entrega no mesmo mês, caiu 2,53%, para 75,85 dólares.
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"O mercado estima que a razão vai se impor" nas crises que hoje envolvem muitos produtores importantes de petróleo, desde o Irã até a Rússia, passando pela Venezuela, considerou Stephen Schork, do Schork Group.
A guerra entre Israel e Hamas, os ataques huthis no Mar Vermelho, o ataque de um movimento pró-Irã contra soldados americanos na Jordânia com mortos e feridos, os bombardeios a instalações petrolíferas russas pela Ucrânia, e as sanções dos Estados Unidos ao setor de petróleo da Venezuela: nada disso reduziu, por enquanto, o volume de ouro negro que chega ao mercado.
"A tese de que os iranianos não vão atrapalhar o fluxo de petróleo ganha força", segundo Schork. "Eles precisam das receitas" que obtêm dessa commodity, acrescentou.
Ademais, o mercado foi influenciado pelo relatório semanal da Agência de Informação sobre Energia dos Estados Unidos (EIA, na sigla em inglês).
As reservas comerciais de petróleo nos Estados Unidos aumentaram em 1,2 milhão de barris (mb) na semana encerrada em 26 de janeiro.
A variação nos estoques surpreendeu o mercado, que esperava uma queda de 1,1 mb, segundo o consenso reunido pela agência Bloomberg, após uma queda maciça de 9,2 mb na semana imediatamente anterior.
Esse dado pesou sobre os preços da commodity, que caíram.
Este aumento nos estoques deve-se, principalmente, à fraca atividade nas refinarias dos Estados Unidos, cuja taxa de utilização caiu para 82,9%, em comparação com os 85,5% da semana terminada em 19 de janeiro. Este índice é o mais baixo em um ano.
Uma frente fria que atravessou o país prejudicou parte da extração de petróleo e seu transporte, particularmente na Dakota do Norte, o terceiro maior estado produtor dos Estados Unidos.
Sobre a reunião ministerial da Opep e de seus aliados da Opep+, que acontece nesta quinta-feira, o mercado não espera novidades.
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© Agence France-Presse