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São Paulo e Rio despencam em ranking de cidades mais caras para se viver

Imagem panorâmica da avenida Paulista, em São Paulo - Reprodução/UOL
Imagem panorâmica da avenida Paulista, em São Paulo Imagem: Reprodução/UOL

10/03/2016 11h44Atualizada em 14/03/2016 16h27

A inflação e a fraqueza do real reduziram o custo de vida, para padrões internacionais, em São Paulo e no Rio de Janeiro, embora os preços continuem altos para a população local.

A capital paulista foi o município que mais caiu no ranking mundial das cidades mais caras para se viver em 2016, publicado pela Economist Intelligence Unit (EIU), braço de pesquisas da revista britânica "The Economist ".

Em relação ao ano passado, São Paulo caiu do 50º para o 107º lugar. O Rio de Janeiro perdeu 52 posições, e agora ocupa a 113ª posição na lista.

O estudo compara os preços de uma cesta de produtos e serviços em 133 cidades, tendo como referência o custo de vida em Nova York (EUA).

As dez cidades mais caras para se viver:

  1. Cidade de Cingapura (Cingapura)
  2. Zurique (Suíça)
  3.  Hong Kong (Hong Kong)
  4. Genebra (Suíça)
  5. Paris (França)
  6. Londres (Inglaterra)
  7. Nova York (EUA)
  8. Copenhague (Dinamarca)
  9. Seul (Coreia do Sul)
  10. Los Angeles (EUA)

 

"Em quase 17 anos de trabalho nesta pesquisa não me lembro de um ano tão volátil como 2015", afirmou Jon Copestake, editor do estudo, em nota divulgada pela EIU.

"Queda no preço das commodities levou à redução da demanda por exportações da América Latina e a depreciação das moedas motivada por essa queda provocou inflação crescente", completou.

O estudo cita ainda fatores como incertezas políticas, excesso de oferta e a redução da demanda como responsáveis pela queda no valor das exportações do Brasil e seus vizinhos.

Queda 'espetacular'

Segundo a EIU, os turistas que planejam viajar ao Rio para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos deverão se beneficiar de uma queda "espetacular" no custo relativo de vida na cidade, que agora é quase a metade do de Nova York.

"Contudo, com a inflação no Brasil alcançando os dois dígitos no ano passado, os moradores locais não estão tendo os mesmos benefícios que os visitantes", diz a EIU.

A turbulência na economia brasileira fez São Paulo e Rio perderem posições até no ranking da América Latina. A capital paulista foi apenas a 9ª mais cara entre as pesquisadas, atrás de Buenos Aires, Cidade da Guatemala, Cidade do México, San Jose, Montevidéu, Lima, Quito e Santiago. O Rio ficou na 12º colocação.

Na média, as cidades pesquisadas na América Latina são 39% mais baratas do que Nova York, sétima colocada no ranking geral.

A Cidade de Cingapura, capital do país asiático, continuou pelo terceiro ano seguido no topo da lista das cidades mais caras para se viver, seguida por Zurique (Suíça) e Hong Kong.

Afetada por um câmbio em rápida desvalorização, Lusaka, capital da Zâmbia, foi classificada como a cidade mais barata do mundo, seguida por Bangalore e Mumbai, na Índia.

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BBC Brasil