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Como evitar as armadilhas do comércio e fazer seu dinheiro render mais

29/01/2017 19h15

Nosso relacionamento com o dinheiro é, de maneira geral, complexo --entendê-lo pode ser um desafio até para os especialistas em comportamento.

A psicóloga Claudia Hammond, autora do recém-lançado livro "Mind over Money" (algo como "A mente no controle do dinheiro", em tradução livre) e apresentadora do programa "The Psychology of Money" ("A Psicologia do Dinheiro"), na BBC Radio 4, é especialista em analisar o modo como o dinheiro mexe com as nossas carteiras e cabeças.

Veja a seguir explicações e dicas que, segundo ela, ajudam a não gastar demais e a identificar algumas ciladas na hora de comprar.

1. Fique atento às armadilhas

Costumamos achar que somos bons em descobrir um excelente negócio --mas nem tudo o que parece é mesmo uma pechincha.

As armadilhas estão por toda parte e podem ser mais ou menos conhecidas. Desconfie.

2. Esqueça o cartão de crédito

A taxa de juros cobrada dos consumidores brasileiros que não pagam o valor total da fatura do cartão de crédito chega a 475% ao ano, de acordo com o Banco Central.

Esse percentual, também conhecido como rotativo do cartão, é um dos principais fatores do endividamento das famílias.

Outro risco muitas vezes esquecido é o cheque especial, que tem uma taxa de juros de mais de 300% ao ano.

3. A influência da personalidade

Há pessoas que acreditam erroneamente que seu comportamento com o dinheiro é consequência da sua criação e do comportamento dos próprios pais. Mas você já notou que até irmãos gastam de maneira diferente?

Pessoas extrovertidas são mais abertas e despreocupadas em relação ao dinheiro. Já as meticulosas costumam poupar mais.

4. A regra dos três

As lojas, inclusive as online, normalmente apresentam os produtos agrupados em três unidades.

Imagine que você quer comprar um computador barato: vai se deparar com três produtos similares na prateleira ou na página da internet. Cada um terá um preço, do mais barato ao mais caro.

Como o mais caro está sendo mostrado, pelo menos dois em cada três consumidores sempre comprará o computador de preço intermediário, em vez do mais barato.

É o chamado "efeito de comprometimento": quando fazemos compras, somos mais sensíveis a eventuais prejuízos e geralmente evitamos a opção mais barata por temer que o produto não seja bom.

5. A sedução do nove

É o caso de R$ 1,99, R$ 3,49 ou R$ 59.

As pessoas costumam achar que esses preços são bons porque o número nove frequentemente é usado em descontos.

O efeito psicológico é tão poderoso que muitas pessoas, ao verem algo de R$ 39 ao lado de outra coisa que custa R$ 35, acabam comprando o mais caro por acreditarem que se trata de um preço com desconto.

6. Pague o preço justo

Se o custo de determinado alimento dobra porque a procura aumentou, evite.

Um bom exemplo são as frutas, legumes e verduras, cujas safras dependem das estações ou do clima.

7. Ponto de referência

Trata-se, por exemplo, de saber quanto um produto custava antes do desconto ou da liquidação para calcular bem quanto será economizado.

O ponto de referência também pode ser a comparação de preços em diferentes lojas.

8. Novos truques

As lojas mudam de tática constantemente, e isso tem um motivo: os consumidores costumam desmascará-las no intervalo de mais ou menos um ano.

Ou seja: o que os supermercados faziam há dez anos não é mais o que vale agora.

9. Alivie o seu lado

Nem sempre é possível comprar bem-estar. Por isso, se você estiver adquirindo algo que lhe faça sorrir, talvez seja o momento de se permitir esse luxo.

Não seja duro demais consigo mesmo.

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