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Quem são os 5 brasileiros mais ricos do país, com fortuna equivalente ao que tem metade da população

22/01/2018 18h43Atualizada em 23/01/2018 11h35

Cinco bilionários brasileiros têm um patrimônio equivalente ao que tem a metade mais pobre da população do país, revelou um relatório da ONG britânica Oxfam.

Os empresários Jorge Paulo Lemann, Joseph Safra, Marcel Herrmann Telles, Carlos Alberto Sicupira e Eduardo Saverin têm, juntos, o mesmo que cerca de 100 milhões de brasileiros.

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O levantamento foi feito com base em dados da revista americana "Forbes" e informações sobre a riqueza em escala global de relatórios do banco Credit Suisse. O relatório será apresentado durante o Fórum Econômico Mundial, que se reúne em Davos, na Suíça, a partir de terça-feira (23). O estudo mostra que, em 2017, o país ganhou mais 12 bilionários --agora, são um total de 43. Sua fortuna somada é de R$ 549 bilhões.

Mas quem são os que encabeçam essa lista? Contamos a seguir.

Jorge Paulo Lemann, 78 - Fortuna: R$ 93,3 bi

Lemmann - Paulo Whitaker/Reuters - Paulo Whitaker/Reuters
Imagem: Paulo Whitaker/Reuters

Filho de pais suíços, o empresário carioca foi tenista profissional e pentacampeão brasileiro. Formou-se em economia na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, e, após trabalhar no mercado financeiro, abriu o banco de investimentos Garantia em 1971, onde conheceu seus futuros sócios, Marcel Telles e Beto Sicupira.

Por meio da empresa, comprou as Lojas Americanas e depois a Brahma, negócio que resultaria na criação da Ambev, após a fusão com a Antartica. Vendeu o Garantia em 1998. Junto com Telles e Sicupira, criou, então, a GP Investimentos, primeira empresa de private equity do país.

Mais tarde, o trio venderia parte da GP e abriria a 3G Capital, em 2004, empresa que promoveria a fusão entre a belga Interbrew e a Ambev, criando a Inbev --que se tornaria AB Inbev após uma nova fusão, desta vez com a Anheuser-Busch, dona da marca Budweiser.

A 3G também adquiriria a rede Burger King e uma participação na marca de condimentos Heinz, negócio feito em parceria com o americano Warren Buffett, o 2º homem mais rico do mundo.

Lemann ainda está à frente de outros dois fundos, Gera Venture Capital e Innova Capital, além de capitanear a Fundação Estudar e a Fundação Lemann, ambas dedicadas à área de educação.

Joseph Safra, 79 - Fortuna: R$ 65,5 bi

Safra - Mastrangelo Reino/Folhapress - Mastrangelo Reino/Folhapress
Imagem: Mastrangelo Reino/Folhapress

Nascido no Líbano e naturalizado brasileiro, José (como costuma ser chamado) é de família judia de origem síria com longa tradição no mercado financeiro.

A família continuaria atuando nesta área ao se mudar de Beirute para São Paulo e fundar o Banco Safra em 1955, hoje um dos maiores do país em ativos e patrimônio líquido.

Em 2012, Safra deixou o comando da gestão do banco, assumida por três de seus quatro filhos, e passou a se dedicar exclusivamente à administração do banco J. Safra Sarasin, na Suíça.

O banqueiro mais rico do mundo, segundo a Forbes, tem hoje um conglomerado formado por empresas nos Estados Unidos, América Latina, Europa, Oriente Médio e Ásia.

Também possui propriedades imobiliárias no Brasil e no exterior, entre elas o edifício Gherkin, considerado um dos marcos de Londres, no Reino Unido.

Marcel Herrmann Telles, 67 - Fortuna: R$ 47,3 bi

Marcel Telles - Herwig Vergult/AFP - Herwig Vergult/AFP
Imagem: Herwig Vergult/AFP

O empresário carioca é um dos donos da 3G Capital, com Lemann e Beto Sucupira, com os quais criou uma das carreiras mais bem-sucedidas do mundo dos negócios no Brasil e no mundo.

Formou-se em economia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e começou sua carreira no mercado financeiro. Entrou no banco Garantia aos 22 anos e ascendeu rapidamente. Foi presidente da Brahma por dez nos, até 1999, estando por trás das operações que criariam a Ambev.

Criou com os dois sócios a GP Investimentos, primeira empresa de private equity do país. Já à frente da 3G Capital, promoveria a fusão entre a belga Interbrew e a Ambev, criando a Inbev, que se tornaria a AB Inbev, a maior cervejaria do mundo, após a fusão com a Anheuser-Busch.

O grupo empresarial criado por ele e seus sócios também é dono das companhias Burger King, Kraft-Heinz e B2W (Americanas e Submarino). Ao lado de Sicupira e Telles, é um dos criadores da Fundação Estudar.

Carlos Alberto Sicupira, 69 - Fortuna: R$ 39,9 bi

Sicupira - Mastrangelo Reino/Folhapress - Mastrangelo Reino/Folhapress
Imagem: Mastrangelo Reino/Folhapress

Mais conhecido como Beto Sicupira, o administrador de empresas carioca é formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pela Escola de Negócios de Harvard.

Após fazer carreira em corretoras e distribuidoras de valores, entrou no banco Garantia em 1973 a convite do próprio Lemann, com o qual faria uma sociedade de sucesso ao lado também de Marcel Telles.

No Garantia, galgou cargos importantes em pouco tempo. Após a venda do banco, abriu com os sócios a GP Investimentos, com a qual criaram a Ambev.

Depois, o trio fundou o grupo 3G Capital e criou a Inbev, que se tornaria depois a AB Inbev, a maior empresa do mundo no ramo de cervejas. O grupo também é dono das companhias Burger King, Kraft-Heinz e B2W (Americanas e Submarino).

Sua família criou no ano 2000 a Fundação Brava, que investe em projetos de melhoria da gestão pública e de ONGs. Junto com Lemann e Telles, ele é um dos criadores da Fundação Estudar.

Eduardo Saverin, 35 - Fortuna: R$ 25,2 bi

Eduardo Saverin - Edgar Su/Reuters - Edgar Su/Reuters
Imagem: Edgar Su/Reuters

Um dos cinco fundadores do Facebook, o brasileiro nascido em São Paulo viveu a partir de 1993 em Miami, nos Estados Unidos, para onde se mudou junto com sua família.

Formou-se em economia em Harvard, onde conheceu Mark Zuckerberg. Juntos, eles lançaram a rede social em 2004. Sua participação minoritária no negócio é a origem de sua fortuna.

Sua polêmica saída da empresa, provocada por Zuckerberg, foi retratada no filme "A Rede Social" (2010), em que ele foi interpretado pelo ator Andrew Garfield.

O caso gerou uma disputa judicial entre os dois, encerrada com um acordo fora dos tribunais. Ele hoje vive em Cingapura, onde está desde 2009, e criou há três anos um fundo de investimentos.

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