Nos EUA, geração Y prefere não fazer faculdade e ir trabalhar
Em um sinal de que a economia está mais forte, cada vez mais jovens estão optando por não fazer faculdade e ir trabalhar.
O número de alunos matriculados em faculdades no primeiro semestre deste ano caiu 2% em relação ao ano anterior, para 18,6 milhões, segundo um relatório que será publicado nesta quinta-feira (14) pela organização sem fins de lucro National Student Clearinghouse Research Center. A queda mais acentuada se deu entre estudantes de vinte e poucos anos e mais velhos que estão voltando novamente a trabalhar. O relatório não especifica se os estudantes estão deixando a faculdade ou se eles não estão se matriculando.
As mais afetadas são as faculdades comunitárias, bem como as instituições com fins de lucro, que estão fechando em meio a acusações do governo de que elas teriam inflado as perspectivas de trabalho dos alunos. Embora cada vez mais adultos em idade de trabalhar estejam se distanciando do ensino superior, o número de estudantes que entram na faculdade assim que acabam o ensino médio não variou.
Desafio
Esses estudantes "continuam se matriculando, mesmo nas instituições mais caras com cursos de quatro anos", disse Doug Shapiro, diretor executivo de pesquisa do grupo, com sede em Herndon, Virgínia, que coleta dados diretamente das faculdades.
A diminuição do número de matrículas representa um desafio para o objetivo do presidente Barack Obama de impulsionar a taxa de alunos que se formam na faculdade a fim de aumentar a competitividade econômica dos EUA. Em janeiro, ele propôs tornar as faculdades comunitárias totalmente grátis.
Embora as pesquisas mostrem que um diploma universitário tende a render frutos ao longo da vida, muitos estudantes se preocupam com a dívida que contraíram para pagar seus estudos superiores, e que atualmente ultrapassa US$ 1,2 trilhão.
Muitos potenciais estudantes universitários estão preferindo os benefícios de curto prazo de um emprego aos retornos de longo prazo de uma faculdade, disse Jason DeWitt, gerente de serviços de pesquisa do centro. "Se alguém tem contas para pagar, talvez não tenha muita escolha", disse ele.
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