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O que você precisa saber sobre a ChemChina

Tom Lasseter

02/02/2016 14h05

(Bloomberg) - Eis aqui cinco motivos para prestar atenção na empresa conhecida como ChemChina:

Se você gosta de uma boa história

A ChemChina começou com um empréstimo de apenas 10 mil yuans (cerca de US$ 1.500 hoje) em 1984. Agora, tem ativos que valem mais de US$ 45 bilhões.

Essa ascensão foi comandada por Ren Jianxin, um carismático presidente do conselho e, para os padrões das empresas chinesas pertencentes ao Estado, pouco convencional.

Os boletins informativos internos trazem lembretes dos ditames do Partido Comunista Chinês, dá informações sobre o ranking da companhia na lista de 500 empresas internacionais da Fortune e salienta a importância de mandar flores para sua mãe.

Se você come arroz, pimenta ou milho verde

Talvez em breve Ren tenha um papel maior no cultivo desses produtos. A ChemChina está perto de adquirir a Syngenta, por US$ 43 bilhões, o que ajudaria Ren a concorrer com a Monsanto em tecnologia de sementes e cultivo. O que tem para o jantar? Talvez a resposta seja: ChemChina.

Se você se pergunta para onde a China está indo

As finanças da ChemChina permitem vislumbrar como é complicado as empresas estatais se reformarem.

Para que elas se tornem mais competitivas internacionalmente o Partido Comunista Chinês quer que as companhias estatais adquiram empresas com visão de futuro - mas que também mantenham o balanço em ordem.

Ren está realizando grandes transações de fusão e aquisição, mas a ChemChina tinha quase US$ 37 bilhões em passivos totais até o dia 30 de setembro.

Se você procura uma lição empresarial

Mantenha-se em movimento. Enquanto rondava a Syngenta, Ren também se ocupava de outras frentes. No dia 11 de janeiro, a ChemChina anunciou que decidiu comprar a fabricante alemã de máquinas KraussMaffei por um valor corporativo de 925 milhões de euros --cerca de US$ 1 bilhão.

Se você é piloto de Formula 1

Ren é responsável pela fabricação de seus pneus.

No ano passado, a ChemChina forneceu grande parte do financiamento para a aquisição de aproximadamente US$ 8 bilhões da Pirelli, fabricante italiana de pneus que também fornece para os carros da Ferrari e da Bentley.