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Cinco coisas que vão dar o que falar hoje

Lorcan Roche Kelly

04/02/2016 11h27

(Bloomberg) - As ações do Credit Suisse despencam, o petróleo está em uma montanha-russa e hoje é dia de decisão no Banco da Inglaterra. Eis algumas das coisas que vão dar o que falar nos mercados hoje.

Queda do Credit Suisse

As ações do Credit Suisse Group caíram para o patamar mais baixo desde 1991 depois que o banco divulgou um prejuízo de 5,8 bilhões de francos suíços (US$ 5,8 bilhões) por ter realizado a baixa contábil da reputação e reservado provisões para litígio. O CEO Tidjane Thiam disse que os mercados internacionais e as divisões de investment banking provavelmente enfrentarão dificuldades em 2016 enquanto ele agiliza a implementação do plano para reduzir o banco. As ações, que registravam uma queda de 10,8 por cento às 11h02, horário de Londres, caíram 32 por cento até o momento neste ano.

Petróleo

O petróleo está prolongando nesta manhã sua recuperação da maior queda em sete anos. O West Texas Intermediate para entrega em março estava a US$ 32,47 por barril às 11h12, horário de Londres. A recuperação dos preços do petróleo coincide com a maior queda do dólar em dois dias desde março do ano passado. Nesta manhã, a Royal Dutch Shell disse que os lucros do quarto trimestre caíram 44 por cento depois do aprofundamento da queda dos preços. O Morgan Stanley não prevê uma recuperação da commodity e acredita que ela ficará 'em baixa por mais tempo'.

Banco da Inglaterra

Ao meio-dia, horário de Londres, o Banco da Inglaterra vai anunciar sua decisão sobre a taxa de juros e divulgar seu mais recente relatório sobre a inflação. Nenhum economista consultado pela Bloomberg espera uma modificação nas taxas e os investidores vão procurar pistas sobre o momento em que as taxas irão aumentar - ou diminuir - no futuro.

UE reduz projeções

A Comissão Europeia reduziu sua projeção de crescimento para a zona do euro em 2016 de 1,8 por cento para 1,7 por cento. Ao mesmo tempo, cortou a previsão de inflação em 2016, de 1 por cento para 0,5 por cento para o ano. Em um pronunciamento no Bundesbank da Alemanha nesta manhã, o presidente do BCE, Mario Draghi, disse que a inflação fraca no mundo todo não impedirá o banco central de acrescentar mais estímulos na reunião de março. Parece que a moeda europeia não se impressionou com esse tom pacificador, porque subiu ao patamar mais alto em três meses frente ao dólar.

Alerta para bonds

A recente recuperação dos bonds, que viu o yield das notas alemãs com vencimento em dois anos cair para -0,5 por cento ontem e os yields dos títulos do Tesouro dos EUA se aproximarem de mínimas recorde, poderia ser exagerada, dizem o Goldman Sachs Group e a Pacific Investment Management, que projetam uma queda nos preços dos bonds. Jan Hatzius, economista-chefe do Goldman Sachs, disse que o yield a 10 anos vai aumentar para cerca de 3 por cento até o fim do ano porque o Federal Reserve elevará as taxas de juros mais rapidamente do que o mercado espera.