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Uber, Lyft e Airbnb enfrentam um grande teste no Super Bowl

Eric Newcomer

04/02/2016 16h16

(Bloomberg) -- Você pode agendar uma corrida pelo Uber em mais de 400 cidades atualmente, mas em nenhum lugar essa empresa está mais estabelecida do que em sua cidade natal São Francisco. Com o Super Bowl 50 acontecendo no seu quintal no domingo, a Uber Technologies espera usar o evento para demonstrar o quão longe foi apenas seis anos depois que começou.

A Uber é um parceiro do Comitê Anfitrião do Super Bowl, juntamente com os pilares do Vale do Silício Google, Intel e Hewlett-Packard. Esse status deu à Uber acesso a um estacionamento perto do Levi's Stadium em Santa Clara, Califórnia, onde o jogo será disputado. "Esse é o primeiro evento esportivo global no qual a Uber está envolvida desta forma", disse Keith Bruce, presidente do Comitê Anfitrião do Super Bowl.

Cerca de 70 mil pessoas são esperadas no jogo entre Carolina Panthers e Denver Broncos e mais de um milhão se reunirá na área na próxima semana. O trânsito deve ser o maior desafio, mas a Uber vê a chegada de turistas como uma oportunidade para promover seus serviços mais experimentais que ainda não são oferecidos na maioria das cidades. Por exemplo, a companhia irá entregar almoços por encomenda àqueles que estiverem ao redor do Distrito Financeiro de São Francisco, onde uma série de concertos e outras atrações acontecerão em um evento paralelo conhecido como Super Bowl City. A Uber disse que irá entregar asas de frango em qualquer lugar da cidade na tarde de domingo.

Mas os motoristas estão ansiosos para usar o Super Bowl como uma forma de chamar a atenção para sua própria condição. Os motoristas da Uber na área estão tentando organizar protestos sobre a redução dos preços das tarifas feita pela empresa no mês passado. A Uber está enfrentando pressões nos Estados Unidos dos trabalhadores que dizem que não podem mais viver com os salários atuais e arcar com pagamentos de seguros e empréstimo de carros. Centenas de motoristas fizeram piquete na frente dos escritórios da Uber em Nova York, na segunda-feira.

A Uber espera atrair mais atenção positiva com as novidades de marketing, como entregar cachorrinhos por uma taxa de US$ 30 ou levar alguns motoristas sortudos para conhecer Joe Montana e outras estrelas de futebol americano. "Sabendo que seria no nosso quintal este ano, certamente começamos a pensar diversas formas de celebrar nossa cidade", disse Amy Friedlander Hoffman, líder de desenvolvimento de negócios e marketing experimental da Uber.

Várias outras jovens companhias de tecnologia também esperam usar o evento para mostrar suas forças dentro de casa para os visitantes do mundo. Airbnb e Lyft, com sede em São Francisco, fizeram preparativos especiais para receber os turistas. A Airbnb espera 15 mil pessoas reservando imóveis para o Super Bowl 50, quatro vezes mais do que no jogo do ano passado em Phoenix.

A Airbnb está encorajando todos os moradores locais que conseguir a cadastrarem suas casas na esperança de manter preços razoáveis. A companhia disse que as tarifas do fim de semana do Super Bowl estão em uma média de US$ 225 a noite, mas aluguéis em áreas populares, especialmente naquelas próximas de estações de trem, podem ter preços mais altos. Robin Duryea, instrutora de ioga, cadastrou seu apartamento no bairro South of Market, em São Francisco, no Airbnb. "Eu o defini em US$ 500", disse ela. "Eu definitivamente queria tirar vantagem do que está acontecendo".

Mesmo que a Lyft não seja um parceiro do Super Bowl, o serviço de chamada de corridas de três anos espera roubar um pouco dos holofotes de seu maior concorrente. São Francisco é um dos mercados de maior sucesso da Lyft, com 40 por cento de participação do mercado, segundo a companhia. Durante o Super Bowl, a Lyft está tentando reduzir o impasse oferecendo US$ 5 de desconto em corridas que começarem ou acabarem nas estações Caltrain.

A Uber promove seu próprio serviço de carona solidária, chamado UberPool. Embora essa funcionalidade seja oferecida em apenas cerca de 20 cidades hoje, o presidente da Uber, Travis Kalanick, considerou-a como uma solução de tecnologia para reduzir o congestionamento e tornar as cidades mais eficientes.