IPCA
0,83 Abr.2024
Topo

Mercado volta do Carnaval depois de queda de ETFs no feriado

Chiara Vasarri e Ben Bartenstein

10/02/2016 13h40

(Bloomberg) -- Os investidores brasileiros que estão voltando do feriado do carnaval terão que recuperar o atraso.

O temor de que o crescimento mundial esteja enfraquecendo provocou uma queda forte nos mercados de maior risco no começo desta semana, quando o Brasil estava fechado por causa do feriado.

O maior fundo de ações do país negociado em bolsa afundou 3,7% em Nova York nos últimos dois dias e um ETF que acompanha o real também recuou. ADRs da Vale e da Petrobras caíram junto com os preços das commodities.

Os investidores reduziram o valor dos ativos mundiais nesta semana porque as promessas de mais estímulos por parte dos bancos centrais não ajudaram a fortalecer a confiança dos investidores.

indicador do Bank of America que acompanha as oscilações de preços em classes de ativos subiu ao nível mais alto em quatro anos na terça-feira e o custo de proteção contra calotes de empresas disparou no mundo inteiro.

A presidente Dilma Rousseff vem lutando para reanimar as finanças da maior economia da América Latina em meio a perspectivas da recessão mais profunda em um século.

"O Brasil vai ter que correr para se recuperar", disse Walter "Bucky" Hellwig, que ajuda a administrar US$ 17 bilhões como vice-presidente sênior da BB&T Wealth Management em Birmingham, no Alabama, EUA. "Com os mercados acionários internacionais em baixa, a menos que tenhamos um rali, o Brasil vai segui-los".

O iShares MSCI Brazil Capped ETF de ações caiu 1,4%, para US$ 19,32, em Nova York na terça-feira depois de ter perdido 2,3% na segunda-feira. O WisdomTree Brazilian Real Strategy Fund caiu 0,9% nesta semana. ADRs da Vale e da Petrobras caíram mais de 5% nos últimos dois dias.

Após o primeiro ganho semanal do Ibovespa em mais de quatro meses, o "price/book ratio" para o índice está perto do nível mais alto em um mês.

Mesmo assim, a cerca de 0,95, o nível indica que os investidores acham que as maiores empresas do país valem menos que seus ativos líquidos. A avaliação no Brasil está pouco acima da metade do índice MSCI All-Country World, que está perto do bear market.

"Não há muito o que comemorar", disse Peter Donisanu, analista quantitativo do Wells Fargo Investment Institute, que administra US$ 1,6 trilhão.