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Cinco coisas que vão dar o que falar hoje

16/02/2016 12h25

Lorcan Roche Kelly (Bloomberg) - A Arábia Saudita e a Rússia concordaram em congelar a produção de petróleo, as bolsas caíram e a China tenta impulsionar a economia. Eis alguns dos assuntos que vão dar o que falar nos mercados hoje.

Acordo de petróleo

A Arábia Saudita, a Rússia, a Venezuela e o Catar concordaram em congelar a produção de petróleo nos níveis de janeiro - desde que outros países concordem em participar. O petróleo bruto Brent, que tinha chegado a subir para US$ 35,55 por barril na bolsa ICE Futures Europe anteriormente, reduziu esses ganhos e era negociado a US$ 33,95 às 10h37, horário de Londres. O rublo russo também eliminou ganhos anteriores após o anúncio do acordo, que não cobriu a expectativa de que os maiores produtores do mundo concordariam em reduzir a produção.

Retrocesso das bolsas

Ontem, feriado nos EUA, os mercados acionários do mundo inteiro tiveram um rali. O índice Topix do Japão subiu 8 por cento e as ações na Europa igualaram o maior ganho de dois dias em mais de quatro anos. As bolsas asiáticas conseguiram estender esses ganhos no trading de ontem à noite, enquanto que os mercados europeus estão caindo nesta manhã. O Stoxx Europe 600 Index registrava um recuo de 0,5 por cento às 10h50, horário de Londres. Os futuros do Standard Poor's 500 Index subiram 1,6 por cento.

China abre a torneira

A China está intensificando o apoio à economia. O país está aumentando gastos e considerando modificar normas para liberar mais dinheiro para empréstimos bancários. As medidas ocorrem em um momento em que a medição mais ampla dos créditos novos do país disparou e bateu um recorde, apesar de os dados mais novos mostrarem que os empréstimos de liquidação duvidosa estão no patamar mais alto em uma década. O Shanghai Composite Index encerrou a sessão com uma alta de 3,3 por cento após a publicação de novos dados sobre empréstimos e o yuan enfraqueceu depois de dar o maior salto diário em mais de dez anos ontem.

Sinal perdido no mercado de bonds

Os títulos do Tesouro dos EUA, que estavam prestes a ter a maior queda de dois dias desde meados de dezembro, se recuperaram e operam sem grandes mudanças na sessão após a decepção com o acordo do petróleo. Na Europa, os bonds do governo espanhol encabeçaram um recuo da dívida periférica com um aumento de sete pontos-base de seu yield para 1,77 por cento às 11h02, horário de Londres. Para os economistas, os sinais sobre a economia que eles estão recebendo do mercado de bonds ficaram tão distorcidos por anos de taxas de juros quase zeradas que agora a utilidade deles como indicador de recessão está sendo amplamente questionada.

Ouro

O ouro tem oscilado um tanto selvagemente ultimamente. O metal chegou a subir para US$1.260 por onça na quinta-feira antes de cair para US$1.191 por onça nesta manhã. O Goldman Sachs Group diz que chegou a hora de apostar contra o ouro, com o argumento de que o rali recente não é justificado, usando a frase "a única coisa que devemos temer é o próprio medo" do ex-presidente americano Franklin D. Roosevelt e estabelecendo uma meta de preços a doze meses de US$1.000 por onça para o metal. O ouro tinha se recuperado para US$1.215 por onça às 11h40, horário de Londres.