Novos ricos da África são jovens descolados e dispostos a gastar
(Bloomberg) - O perfil do africano rico está mudando, de homens grisalhos mais velhos para membros da geração Y mais novos e descolados que encontraram novos modos de ganhar dinheiro e de mantê-lo diante da mudança do cenário mundial.
Haverá 3.933 indivíduos ultrarricos no continente por volta de 2025, em comparação com 2.650 no ano passado, de acordo com o Knight Frank Wealth Report 2016.
No Quênia, por exemplo, o número de indivíduos com patrimônios líquidos extremamente altos aumentou 122% desde 2005, com um avanço de 2% só em 2015, embora a economia enfrente dificuldades. Alguns desses indivíduos estão na faixa dos 20 aos 30 anos.
"O indivíduo com um patrimônio líquido extremamente alto é mais jovem nos mercados emergentes, como China e África, do que nos mercados desenvolvidos", disse Andrew Shirley, editor do relatório, aos repórteres em Nairóbi, capital do Quênia.
A chegada de pessoas mais jovens e mais instruídas a esse clube exclusivo na África também está trazendo formas novas e não tradicionais de aumentar a riqueza e de gastar o dinheiro.
Uma quantidade maior de africanos ultrarricos está comprando aviões para não perder tempo demais nos terminais dos aeroportos à espera da próxima conexão a seu destino em um continente com ligações insuficientes de transporte, de acordo com Shirley.
"A rota de Lagos a Londres é a quinta rota de aviões particulares que cresce mais rapidamente no mundo", disse Shirley. "Se você for ao aeroporto Wilson em Nairóbi, verá que está cheio de aviões particulares".
Sucessão
Nos últimos 12 meses, o número de clientes com, mais de US$ 1 milhão do CFC Stanbic Bank, do Quênia, aumentou 40%, de acordo com Anjali Harkoo, chefe da divisão de patrimônio e investimento do banco.
Parte da transição da riqueza para as mãos de africanos mais jovens se deve à gestão de sucessão em empresas familiares e em heranças, de acordo com o estudo.
Preocupados com que seus filhos possam malgastar a herança, alguns indivíduos ricos estão recrutando-os desde cedo para transmitir-lhes as habilidades administrativas e financeiras que serão necessárias quando os herdeiros tomarem as rédeas.
"Muita gente diz que acha que seus filhos não são responsáveis o bastante, que eles vão simplesmente dissipar o que herdarem", disse Shirley. "Então faz sentido envolver os filhos a uma idade muito mais precoce".
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.