Itaú busca comprador para corretora no México com volume menor
(Bloomberg) -- Após iniciar sua expansão no México em 2014 com contratações e uma licença para atuar como corretora, o Banco Itaú BBA planeja vender a corretora no país, diante da queda das operações com ações na região.
O Itaú BBA está recuando no México para dedicar recursos a países como Chile, Colômbia e Argentina, onde já tem escala para competir, afirmou em entrevista na sexta-feira Christian Egan, sub-chefe do banco de investimento e corporativo da instituição sediada em São Paulo.
"Vamos focar ainda mais nossos esforços nos países da América do Sul que têm plena perspectiva de crescimento", disse ele, citando o Chile, onde o banco vai se beneficiar da aquisição realizada em 2014 do Corpbanca, sediado em Santiago.
"O mercado financeiro chileno é um dos mais desenvolvidos da região e temos espaço para crescer no país", afirmou Egan, acrescentando que o Itaú vai contratar um executivo para comandar a operação de banco de investimento por lá.
O Itaú se expandiu no México no ano passado. Economistas previam que o crescimento econômico do país superaria o do resto da América Latina. Reformas iniciadas pelo governo incentivaram investimentos em infraestrutura, energia e telecomunicações.
Em março de 2015, a instituição contratou Enrique Camacho, do JPMorgan Chase & Co., para tocar a corretora e tinha como meta oferecer US$ 1 bilhão em empréstimos para empresas mexicanas neste ano, ou 10 vezes mais do que antes.
Camacho permanecerá após a reestruturação, de acordo com o banco, que não forneceu informações sobre o desempenho do negócio desde então. A operação de corretagem e banco de investimento no México será reduzida, mas a equipe de pesquisa em renda variável será mantida, afirmou Egan.
Projeções de crescimento
Muitos acreditavam que a economia do México, segunda maior da América Latina, ficaria isolada da queda global dos preços das commodities e do petróleo por causa de seus vínculos com os mercados de consumo e a indústria dos EUA.
Porém, a expansão da economia, que chegou a 5,1% em 2010, se desacelerou para 2,5% no ano passado. Economistas sondados pela agência de notícias Bloomberg projetam 2,6% em 2016. A taxa ainda é bem superior à do Brasil, sede do Itaú, onde a economia enfrenta a contração mais acentuada em 100 anos.
O Itaú BBA informou que emprega cerca de 30 pessoas no México.
Em agosto de 2014, a instituição contratou Francisco Salas para chefiar a operação de banco de investimento no México e em novembro daquele ano obteve licença para abrir uma corretora com capital total de 456,9 milhões de pesos (US$ 26 milhões).
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