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Itaú busca escritório mais barato em Nova York, dizem fontes

Cristiane Lucchesi

09/05/2016 16h20Atualizada em 09/05/2016 16h53

(Bloomberg) -- O Itaú Unibanco pretende se mudar de seu escritório em Nova York, no 50º andar do edifício General Motors, que tem vista para o Central Park e um dos aluguéis mais caros do meio da cidade, disse uma pessoa com conhecimento do assunto.

O maior banco da América Latina em valor de mercado está à procura de um novo local em Manhattan como parte de um esforço global de redução de custos, disse a pessoa, que pediu anonimato porque o plano ainda não foi anunciado publicamente. O escritório atual da Quinta Avenida emprega 150 funcionários, que atuam em corporate, banco de investimento, gestão de ativos e corretora.

A crise econômica e política do Brasil afetou a qualidade do crédito de muitos clientes do Itaú e interrompeu a demanda por serviços de banco de investimento. O banco informou na semana passada uma queda de 10% nos lucros do primeiro trimestre devido ao aumento das provisões para cobrir empréstimos ruins. O lucro líquido recorrente, que exclui itens pontuais, caiu de R$ 5,81 bilhões para R$ 5,24 bilhões (US$ 1,5 bilhão).

A média dos aluguéis no Plaza District, onde fica o edifício da GM, era de cerca de US$ 976,28/metro quadrado no primeiro trimestre, a mais alta do meio da cidade, de acordo com a Jones Lang LaSalle, empresa de serviços de gestão de investimentos e imóveis com sede em Chicago. Os aluguéis dos andares mais altos do edifício estão muito acima da média. A pessoa não quis dizer quanto o Itaú paga pelo aluguel do espaço.

Um representante do Itaú não quis comentar. O edifício é administrado pela Boston Properties, o maior fundo de investimentos imobiliários corporativos dos Estados Unidos, que detém uma participação majoritária.

O Itaú colocou à venda sua empresa de corretagem no México em março e pretende transferir recursos para países como Chile, Colômbia e Argentina, onde o banco já tem escala suficiente para ser competitivo, disse Christian Egan, sub-chefe de corporate e investment-banking, em entrevista na época.