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Codelco vê alta de preço do cobre com cortes de investimentos

Andrew Willis

11/05/2016 12h30Atualizada em 11/05/2016 13h10

(Bloomberg) -- A Codelco, maior produtora de cobre do mundo, prevê um aumento dos preços até o fim do ano que vem, à medida que os cortes de investimentos acelerarem o reequilíbrio da oferta e da demanda globais.

A perspectiva para os preços do cobre é melhor desde uma reunião dos executivos do setor em Santiago, há um mês, segundo o presidente do conselho da Codelco, Oscar Landerretche. "As produtoras, que são as verdadeiras tomadoras de decisões, estão se movendo em uma direção melhor", disse ele em entrevista concedida em Miami na terça-feira. "Estão ocorrendo muitas paralisações ou adiamentos de projetos. Todas as grandes operadoras fizeram isso".

Os futuros do cobre em Londres tiveram pouca alteração neste ano após atingirem o nível mais baixo em quase sete anos em meio a uma ampla desaceleração das commodities. Os contratos subiram na quarta-feira depois que produtoras como Codelco e Glencore deram perspectivas de longo prazo otimistas em uma conferência do setor, em Miami, após uma redução da produção causada por três anos de quedas dos preços.

A ascensão inicial do cobre neste ano foi impulsionada por "decisões de portfólio", e não por fundamentos do mercado, enquanto as políticas monetárias expansionistas aumentaram a liquidez do mercado e levaram à compra especulativa, disse Landerretche. Ele prevê que o mercado "começará a apertar perto do fim do ano que vem".

As vendas de ativos como parte do reajuste do setor provavelmente continuarão, disse ele, preferindo não comentar se a Codelco planejava ampliar sua participação de 49 por cento no projeto El Abra, no Chile. A mineradora Freeport possui uma participação controladora de 51 por cento e vem negociando ativos para gerenciar sua dívida.

Apesar dos benefícios dos cortes de curto prazo, a Codelco busca aumentar a produção para cerca de 2 milhões de toneladas ao ano em 2022 depois que a mina subterrânea de Chuquicamata iniciar a produção, já em 2019, disse Landerretche. A mineradora estatal do Chile atualmente produz cerca de 1,7 milhão de toneladas por ano.