Ações sobem em Hong Kong com visita de nº 3 do Partido Comunista
(Bloomberg) -- O mercado de ações de Hong Kong precisa de toda a ajuda que puder obter. Na terça-feira, o auxílio chegou na forma da maior entrada de recursos de investidores da China continental em um ano.
O aumento coincidiu com a chegada do número 3 do Partido Comunista na cidade. Segundo o jornal People's Daily, Zhang Dejiang traria "confiança e esperança" para uma cidade que enfrenta uma contração econômica. Instituições da China continental aparentemente estiveram por trás das aquisições, segundo a Reorient Financial Markets.
"O movimento foi muito incomum e pareceu uma compra de instituições chinesas", disse Steve Wang, economista-chefe para a China da Reorient Financial Markets em Hong Kong. "O movimento coincidiu com a viagem de Zhang Dejiang a Hong Kong. Apesar de todas as ruas estarem fechadas pela polícia, a visita de Zhang poderia parecer ligeiramente mais alegre com a alta das ações".
As autoridades da China são conhecidas por intervir nos mercados da região continental antes de eventos nacionais importantes, incluindo o Congresso Nacional do Povo, neste ano, e o desfile militar de agosto em comemoração ao 70º aniversário da vitória sobre o Japão na Segunda Guerra Mundial. Zhang é a autoridade mais importante da China a ir a Hong Kong desde a visita do então presidente Hu Jintao, em 2012, e sua chegada coincide com os crescentes pedidos de autonomia da cidade em relação ao governo chinês.
Entradas de recursos
Os investidores da China continental utilizaram 2,6 bilhões de yuans (US$ 403 milhões) de sua cota diária para a compra de ações em Hong Kong por meio de uma conexão com a bolsa de Xangai na terça-feira, maior volume registrado desde 23 de abril de 2015, segundo dados compilados pela Bloomberg. O Hang Seng Index subiu 1,2 por cento, maior ganho em quase um mês. Entre as ações mais negociadas pelos traders chineses estavam os papéis do HSBC, da Tencent Holdings e do Industrial & Commercial Bank of China. Os ganhos não foram equivalentes em Xangai, onde o índice de referência caiu 0,3 por cento.
Hong Kong precisa muito de um pouco de ânimo. O Hang Seng Index, composto pelas principais ações da cidade, está em baixa de quase 10 por cento neste ano, estendendo os prejuízos de 2015. A economia local encolheu inesperadamente 0,4 por cento no primeiro trimestre com a queda das vendas do varejo e do mercado imobiliário. O Goldman Sachs prevê que os preços dos imóveis terão um declínio de 20 por cento até 2018 em uma cidade onde a paridade cambial com o dólar faz com que as taxas de juros se movimentem em sincronia com as dos EUA.
Para os investidores em ações de Hong Kong, a boa notícia durou pouco. O Hang Seng Index caiu 1,45 por cento no fechamento do pregão nesta quarta-feira, mais que compensando o ganho de terça-feira. Os investidores da China continental, que usaram 25 por cento da cota ontem, tomaram menos de 11 por cento nesta quarta-feira.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.