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Telefónica quer preservar O2 após fracasso de transação: Fonte

Rodrigo Orihuela

27/05/2016 13h46

(Bloomberg) -- A Telefónica está inclinada a preservar sua unidade britânica, a O2, em vez de buscar outro comprador depois que o plano para vender a operadora de telefonia celular do Reino Unido foi barrado pelas autoridades reguladoras da União Europeia, de acordo com uma pessoa com conhecimento direto do assunto.

Embora a prioridade da Telefónica seja reduzir a alavancagem, a empresa se sairia melhor com a O2 em sua carteira do que sem ela, disse a pessoa, que pediu anonimato por comentar deliberações internas da Telefónica. A empresa continuará buscando meios de captar recursos e reduzir sua dívida, que é a segunda maior entre as operadoras europeias de telefonia, disse a pessoa. Ela não informou se a empresa buscará uma venda parcial de ação da O2 através de uma abertura de capital.

A União Europeia impediu que a Telefónica vendesse a O2 por 10,3 bilhões de libras (US$ 15,1 bilhões) para a CK Hutchison Holdings neste mês pelo receio de que essa transação diminuiria a concorrência e provocaria um aumento dos preços. A Telefónica pretendia usar a renda para reduzir sua dívida de 50,2 bilhões de euros (US$ 56,6 bilhões) porque quer preservar suas classificações de crédito. A Telefónica disse que tem outras opções para a O2, como a abertura de capital ou a venda a outro interessado.

A abertura de capital possibilitaria que a Telefónica captasse recursos sem perder o controle da empresa. Entre outros meios que a Telefónica tem de arrecadar fundos está uma abertura de capital programada de sua unidade de infraestrutura Telxius.

Um assessor de imprensa da Telefónica preferiu não comentar.

Antes que a UE barrasse a transação da O2 no início deste mês, o presidente do conselho, José María Álvarez-Pallete, disse que, se a Telefónica preservasse a O2 e continuasse recebendo lucros dessa unidade, ela não precisaria captar tanto quanto visava originalmente.

No entanto, a Moody's reduziu sua perspectiva para a dívida da Telefónica, de estável para negativa, no dia 12 de maio, mencionando expectativas de que a decisão da UE atrasasse a iniciativa da operadora para reduzir os empréstimos. Cinco dias depois, a S&P Global Ratings reduziu sua perspectiva, de positiva para estável.