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É hora de prestar mais atenção aos pedidos seguro-desemprego EUA

Luke Kawa

08/06/2016 15h44

(Bloomberg) -- Como é possível saber se os dados surpreendentemente fracos do mercado de trabalho dos EUA de maio foram uma anomalia ou o presságio de uma recessão ampla?

Para os estrategistas do Citigroup, liderados pelo chefe global de estratégia de câmbio para o G10, Steven Englander, um indicador tem a chave para desvendar essa questão: os pedidos de seguro-desemprego.

O relatório sobre o seguro-desemprego é divulgado todas as quintas-feiras de manhã, exceto em feriados, e serve como um dos indicadores mais adequados sobre a situação do mercado de trabalho.

"Antes de diversas recessões, os pedidos de seguro-desemprego dispararam nos meses em que os dados do mercado de trabalho caíram fortemente e essa disparada foi acompanhada por um aumento posterior dos pedidos (nós observamos as médias de quatro semanas)", escreve Englander.

Até o momento, tanto em níveis absolutos quanto em parcela da mão de obra dos EUA, os pedidos iniciais de seguro-desemprego parecem normais. Quando estes dados forem divulgados amanhã, os economistas esperarão uma leitura de 270.000 -- pouco acima dos 267.000 da semana anterior.

E a boa notícia para a economia dos EUA é que há motivos para acreditar que os pedidos de seguro-desemprego continuarão caminhando para níveis ultrabaixos ou cairão para um nível mais baixo até mesmo que o atual, segundo analistas da Bespoke Investment Group.

"O número de pedidos de seguro-desemprego nos estados petroleiros parou de subir e agora está em queda", escreve a Bespoke. "Embora o relatório sobre a situação do emprego da semana passada tenha sido ruim, continuamos vendo sinais de que o mercado de trabalho não está tão frágil quanto a publicação poderia sugerir; o crescimento salarial continua sólido e está acelerando, e não há sinais de que as empresas cortarão postos de trabalho".