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SEC propõe obrigar corretores a revelar destino de pedidos

Annie Massa e Ben Bain

13/07/2016 16h01

(Bloomberg) -- Talvez os corretores tenham que revelar mais informações sobre onde eles estão enviando os pedidos de clientes.

A Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC, na sigla em inglês) está avaliando normas que pela primeira vez obrigariam corretores a fornecerem dados padrão sobre onde eles enviam os pedidos de clientes institucionais para serem concluídos, disse o órgão regulador em um comunicado publicado nesta quarta-feira. As normas exigiriam aos corretores revelar dados sobre o grau de cumprimento de pedidos para os clientes e possíveis conflitos de interesses. Os corretores também teriam que publicar os detalhes em um nível agregado nos relatórios, que seriam publicados no site da SEC.

"Os investidores esperam - e merecem - saber como seus pedidos são tratados", disse a presidente do SEC, Mary Jo White, em comentários preparados para a reunião que avaliará o plano nesta quarta-feira. "Esta proposta deveria dar aos investidores uma nova e importante ferramenta para avaliarem melhor se as práticas de encaminhamento de pedidos de um corretor de valores se condizem com seus objetivos de investimento".

A proposta chega em um momento em que os administradores de recursos procuram mais detalhes sobre onde seus pedidos são enviados e por quê. Os críticos dizem que as normas que atualmente sustentam o mercado acionário dos EUA não exigem às empresas divulgar suas práticas com suficiente grau de detalhe. O requerimento atual "não atinge o grau de revelação necessário para entender as práticas de encaminhamento e possibilitar uma comparação significativa de todos os encaminhadores", disse David Weisberger, diretor-gerente da Markit, em carta aos reguladores escrita em dezembro.

Alguns dos dados que os corretores teriam que revelar são o desconto médio obtido pela empresa para os pedidos, o tamanho médio dos pedidos enviados e a porcentagem de operações realizadas com preços favoráveis para a instituição.

Os corretores também teriam que dar mais detalhes sobre o destino dos pedidos de varejo e disponibilizar os relatórios na internet.